“Ainda Estou Aqui” se tornou, decerto, um fenômeno do cinema nacional. Isto é, o filme encabeçado por Walter Salles, levou 358 mil pessoas às salas de exibição apenas em seu primeiro fim de semana de exibição (ComScore).
A película é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre, em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente, em relação à sua mãe, Eunice Paiva.
A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta da democracia no período da Ditadura Militar brasileira, após a prisão e desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, em 1971.
O patriarca da família Paiva era engenheiro e ex-político quando foi preso e dado como desaparecido por agentes da ditadura. 25 anos depois, sua morte, decorrente de torturas, foi confirmada.
O responsável por dar vida à Rubens em “Ainda Estou Aqui” é Selton Mello. Em entrevista, Walter Salles saudou a interpretação do ator como o personagem essencial para o longa. “Ele entendeu a essência de Rubens Paiva, entrou na veia do filme”, contou o cineasta.
Ainda mais, o ator, em entrevista para a GQ Brasil, descreveu a interpretação de Rubens Paiva como “mais espiritual do que técnica”. “Não tive acesso a nenhum vídeo do Rubens. Eu só vi fotos e ouvi histórias sobre ele. Conversei com os filhos, principalmente com o Marcelo Rubens Paiva, que é meu amigo há muitos anos. Não queria imitar trejeitos, precisava entender seu espírito. Captei que ele era uma presença luminosa e emprestei o meu lado mais solar para essa obra.”, disse Mello.
“Eu tinha que criar esse personagem, esse homem, essa pessoa, de uma forma marcante o suficiente para reverberar ao longo do filme.”, ele discorre.
Outrossim, ressalta-se que o ator ganhou 20 quilos para viver Paiva.
Assista o trailer de “Ainda Estou Aqui”
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