Alfonso Cuarón nomeia “Ainda Estou Aqui” como o melhor filme do ano

Com a chegada do fim do ano, a revista norte-americana Variety publicou uma matéria com a colaboração de diversos diretores de Hollywood. Assim, cada um dos cineastas elegeram o melhor filme de 2024.

“Talvez ninguém na ecosfera cinematográfica entenda e aprecie as realizações dos cineastas melhor do que seus colegas. E ninguém articula as maravilhas e conquistas de forma mais gratificante…”, escreveu o veículo. 

Entre os entrevistados estavam Christopher Nolan (‘Oppenheimer’), Chris Columbus (‘Harry Potter e a Pedra Filosofal) e J.J. Abrams (‘Star Wars: Episódio IX’). No entanto, quem chamou a atenção dos brasileiros foi Alfonso Cuarón – vencedor de dois Oscars na categoria de Melhor Diretor –, que nomeou “Ainda Estou Aqui” como o melhor longa do ano. Cuarón assina filmes como “Roma”, “Gravidade” e “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”. 

Dessa forma, o cineasta escreveu: “Assistir a um filme de Walter Salles é ser abraçado com generosidade, é como sentir uma atração gravitacional, que nos eleva e nos aterra ao mesmo tempo com uma força invisível, mas inegável.”

“Com ‘Ainda Estou Aqui’, esse efeito é ainda mais convincente. Walter, que era próximo da família Pavia, não apenas narra uma história real de terror, resiliência e aceitação, mas também entrega uma memória pessoal e coletiva — um conto de advertência que é um espelho assustador de tempos políticos tensos do passado e do presente. Acima de tudo, Walter nos envolve em uma meditação sobre a passagem do tempo e nossa própria impermanência, deixando o amor como a única força que perdura.”, ele acrescentou. 

Por fim, o trabalho mais recente de Alfonso Cuarón é a minissérie “Disclaimer”, disponível na Apple TV+. 

Sobre “Ainda Estou Aqui”

“Ainda Estou Aqui” marca a volta de Salles ao cinema, sendo seu primeiro longa ficcional em 12 anos. Com ele, estão parceiras de longo prazo como Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

A película é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente, em relação à sua mãe, Eunice Paiva.

A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta da democracia no período da Ditadura Militar brasileira, especialmente após a prisão e desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, em 1971.

No filme, Fernanda Torres vive a matriarca da família Paiva, e dessa forma, traz à luz a sua luta por justiça após a perda do marido, como advogada e mãe de cinco filhos. Analogamente, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, interpreta Paiva já na velhice, com diagnóstico de Alzheimer.

Ainda Estou Aqui” está disponível em cinemas de todo o Brasil.

Leia também: “Superman: O Legado”: Novo Super-homem ganha trailer; assista 

Novos conteúdos

spot_img

RELACIONADOS

Relacionados