A função sexual é afetada por fatores biológicos, psicológicos e sócio-culturais. Sendo assim, quando em determinada cultura há uma associação entre um alimento e a elevação do desejo ou da potência sexual, diretamente seu consumo poderá exercer um efeito positivo na performance sexual, através do efeito placebo.
Lembrando que memórias afetivas podem conectar os envolvidos no relacionamento, afetiva e sexualmente. Os alimentos que trazem tais memórias funcionariam positivamente nesta relação.
Existem poucos estudos consistentes para averiguar a eficácia de alimentos e ervas na função sexual. Os mais conhecidos são o vinho tinto que contem resveratrol, potente antioxidante; ostras, ricas em zinco ligado à melhora da fertilidade e libido; catuaba, com efeito vadilatador, que poderia melhorar a potência sexual; amendoim e canela, rico em vitaminas e estimulantes da produção de oxido nítrico, importantes para vasodilatação; pimenta, chocolate e café que são estimulantes do sistema nervoso central e periférico.
A maca peruana e o Tribulus Terrestris atuam disponibilizando circulação hormônios masculinos, como o DHEA, elevando a energia corporal e sexual. Outras plantas têm sido estudadas sobre suas funções na resposta sexual.
Sabidamente, alimentos que tem o potencial de desinflamar o corpo, aumentariam a energia geral e sexual. Estes alimentos têm a propriedade de manter uma adequada flora intestinal com equilibrada permeabilidade das paredes intestinais, e, conseqüente, absorção de nutrientes bons.
A carne vermelha, derivados lácteos e os refinados (açucares e farináceos) são os principais alimentos ligados a inflamação intestinal e, consequentemente, disbiose intestinal, situação que propicia a ocorrência de doenças e queda de energia corporal. Tudo isto, pode certamente piorar a função sexual em todos os quesitos: desejo, excitação e orgasmo – deteriorando a saúde sexual e levando às disfunções sexuais.
Um dos pilares da saúde global é a alimentação mais alcalina, rica em vegetais, cereais, leguminosas, sem carne vermelha nem produtos lácteos e alimentos processados (refinados e embutidos).
Por Dra Aline Ambrosio, ginecologia, obstetrícia, sexualidade e psicodrama, em parceria com o Saúde Minuto.
