A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, autorizou, neste domingo (17), por unanimidade, o uso emergencial das vacinas da Universidade de Oxford/Astrazeneca e da Coronavac contra o novo coronavírus.
Segundo a agência, ainda falta a publicação do termo de compromisso assinado pelo Instituto Buantan que precisa ser publicado no Diário Oficial da União, o que pode acontecer ainda hoje em edição extra.
Durante a apresentação dos dados, o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, afirmou que a área técnica da Anvisa recomendou a aprovação do uso emergencial das duas vacinas, condicionada ao monitoramento das incertezas e reavaliação periódica.
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que a imunidade com a vacinação leva tempo para se estabelecer. “Portanto, mesmo vacinado, use máscara, mantenha o distanciamento social e higienize suas mãos. Essas vacinas estão certificadas pela Anvisa, foram analisadas por nós brasileiros por um tempo, o melhor e menor tempo possível. Confie na Anvisa, confie nas vacinas que a Anvisa certificar e quando ela estiver ao seu alcance vá e se vacine."
A eficácia geral da vacina de Oxford/AstraZeneca é de 70,42%, de acordo com a agência. Este dado considera mais de uma forma de aplicação e intervalo entre doses. No Brasil, com duas doses, a eficácia ficou em 62%. Já no caso da Coronavac, a eficácia calculada é de 50,39%.
Vacinação em São Paulo
O governo do estado de São Paulo aplicou a primeira dose da Coronavac nesta tarde, após a Anvisa aprovar o uso emergencial do imunizante contra a Covid-19. A primeira pessoa a ser vacinada, fora dos estudos clínicos, foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora da Zona Leste. Mônica faz parte do grupo de risco para a doença e atua na linha de frente contra a doença no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
A aplicação foi feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e foi acompanhada pelo governador João Doria.