Brasil no Oscar: Quais as chances de “Ainda Estou Aqui”?

A estreia de “Ainda Estou Aqui”, filme nacional dirigido por Walter Salles, no Festival de Veneza, certamente chamou a atenção de amantes de cinema do mundo todo. Sobretudo, com aclamação universal, o longa representou uma esperança para nós brasileiros. Isto é, será que finalmente chegou a vez de uma produção do Brasil levar um Oscar?

Afinal, clássicos da cinematografia nacional como “Cidade de Deus”, “Central do Brasil” e “O Que É Isto, Companheiro?”, foram consagrados com indicações, mas não com vitórias na premiação mais importante do cinema.  

Uma nomeação ao Oscar, no entanto, já é uma grande vitória, especialmente se levarmos em consideração a histórica subestimação de filmes estrangeiros na Academia de Cinema. 

Decerto, o veículo Variety, conhecido por suas apostas em diversas premiações, lista o filme de Salles em certas categorias. No entanto, é ressaltado que “competições são fluidas e sujeitas a mudanças com base em buzz e eventos.”

Analogamente, a revista coloca suas fichas em Walter Salles para uma indicação na categoria de Melhor Direção. Da mesma forma, há chances na competição para Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Estrangeiro. Vale ressaltar que o longa venceu a condecoração de Melhor Roteiro no Festival de Veneza

Ademais, Fernanda Torres se destaca entre as possíveis indicadas no predicamento de Melhor Atriz. Contudo, a Variety não foi a única que apostou em Torres nesta corrida por uma indicação. O jornal New York Times, escreve que a brasileira é uma “forte concorrente” para a categoria. 

Assim, lembra-se quando sua mãe, Fernanda Montenegro, foi nomeada por seu desempenho em “Central do Brasil”, em 1999. Infelizmente, Montenegro não levou a tão merecida estatueta, que acabou indo para Gwyneth Paltrow, protagonista de “Shakespeare Apaixonado”. 

Sobre “Ainda Estou Aqui”

“Ainda Estou Aqui” marca a volta de Salles ao cinema, sendo seu primeiro longa ficcional em 12 anos. Com ele, estão parceiras de longo prazo como Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

A película é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente, em relação à sua mãe, Eunice Paiva.

A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta da democracia no período da Ditadura Militar brasileira, especialmente após a prisão e desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, em 1971.

No filme, Fernanda Torres vive a matriarca da família Paiva, e dessa forma, traz à luz a sua luta por justiça após a perda do marido, como advogada e mãe de cinco filhos. Analogamente, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, interpreta Paiva já na velhice, com diagnóstico de Alzheimer.

Confira o trailer:

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