Na manhã desta quinta-feira (23), foram divulgados oficialmente os indicados ao Oscar 2025. Dentre os principais títulos nomeados está o filme “Conclave”, com oito indicações. Em suma, a película pode ser considerada como uma “ficção histórica” e adentra o conclave seguido da morte do papa vigente.
O filme mergulha nas complexidades enfrentadas pela Igreja Católica na atualidade que vão além dos aspectos espirituais. Assim, a trama transforma o Vaticano em um campo de batalha político e ideológico invadido por escândalos, corrupção e, primordialmente, ambição.
Confira, por conseguinte, curiosidades sobre a montagem de um filme de escala magistral!
Réplica do Vaticano
Primordialmente, como de se esperar, as gravações de “Conclave” não foram feitas no Vaticano, aliás, é veementemente proibido o uso de câmeras dentro da Capela Sistina. Dessa forma, Suzie Davies, designer de produção do filme, fez uma réplica exata do local no estúdio Cinecittà, em Roma.
A cineasta trabalhou com artesãos locais para a construção do cenário, que ficou pronto em 10 semanas. “A equipe de pintura foi extraordinária”, disse Davies.
No entanto, ressalta-se que o teto da Capela, originalmente pintado por Michelangelo, foi confeccionado para o longa por meio de computarização devido à sua importância histórica.
Figurinos
Outrossim, a figurinista Lisy Christl também foi a Roma para pesquisa. No entanto, ao analisar a vestimenta atual de um cardeal, Christl decidiu que as cores eram vibrantes demais e que “se você olhar para isso por duas horas, vai ser difícil para seus olhos”.
Assim, a profissional fez uma extensa consulta à procura de tecidos utilizados no passado pelos religiosos, catalogando materiais datados ao século XV e, desse modo, escolhendo um tom mais escuro para o figurino.
Lisy também trabalhou com o conselheiro religioso Francesco Bonomo, e afirma que, na vestimenta: “há regras, mas que também há espaço entre elas”
Extensa pesquisa sobre as tradições religiosas
Ainda mais, para uma construção realista dos costumes históricos da Igreja Católica, o roteirista Peter Straughan afirma ter feito um tour do Vaticano. “Recebemos um tour privado pelo Vaticano, e eles foram muito receptivos, na verdade, muito prestativos”, disse Straughan.
“Então, foi um grande projeto de pesquisa, realmente. É um mundo fascinante e teatral, então você precisa acertar esses detalhes. É uma coisa muito suntuosa”, ele concluiu.
Outrossim, o livro de Richard Harris, no qual o longa se baseou, teve o acompanhamento do Cardeal Cormac Murphy-O’Connor durante seu processo de escrita. Murphy-O’Connor participou de dois conclaves (2005 e 2013) durante seu estado vocacional no Vaticano.
Assista ao trailer de “Conclave”
“Conclave” estreia nos cinemas dia 23 de janeiro. Você pode ler nosso comentário completo sobre o filme clicando aqui.