Em entrevista, Gilberto Gil contou um pouco mais sobre alguns livros que influenciaram sua formação. A Alpha separou alguns deles para você. Saiba mais abaixo.
VIVA O POVO BRASILEIRO
“Viva o Povo Brasileiro”, do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, é um livro que aborda a constituição da identidade brasileira. O autor apresenta todos os elementos da formação cultural do país, desde os povos indígenas aos europeus e africanos. Para isso, ele faz descrições ambíguas, deixando para o leitor interpretar o que é real ou não.
Além disso, contrapõe a história dos vencedores (registrada nos livros) com a dos vencidos (passada pela oralidade). A obra é focada no Recôncavo baiano e percorre quase quatro séculos de história, destacando, principalmente, o século XIX.
VERDADE TROPICAL
Num primeiro plano, “Verdade Tropical” se trata de uma autobiografia clássica, ou seja, o leitor se situa da infância, dos pais e irmãos, os amigos, a ascendência (movimento Tropicália) e a queda (prisão e exílio) de Caetano Veloso, autor da obra.
O tema do livro enfatiza também a música popular, através da interpretação da história do tropicalismo, relacionando-o com outras manifestações musicais significativas.
Mas “Verdade Tropical” reflete ainda, sobre as questões que eclodiram nas décadas de 60 e 70, revelando um panorama da ditadura, da presença dos Beatles e dos Rolling Stones, das drogas e da sexualidade.
TODA POESIA
No Livro "Toda Poesia" é possível encontrar tudo que foi escrito e publicado por Paulo Leminski. Os textos geralmente são curtos, mas possuem muita profundidade
O leitor se depara com temas sobre o amor, a vida, alegrias, medos, tristezas – que são assuntos que permeiam o cotidiano de cada um.
Paulo foi poeta, escritor, crítico literário e letrista. Sua poesia deixou marcas, porque ele inventou uma maneira própria de escrever usando trocadilhos, brincadeiras, ditados e populares, como também se utiliza muito das gírias e palavrões, pois ele recebeu influências dos poetas modernas como Rimbaud e vários outros que vivenciaram posturas de ruptura, além de que o poeta é formado em um contexto de contracultura, ou seja, a linha do poeta está voltada para a poética da resistência e da negação da modernidade.