De verde e amarelo, Caetano Veloso celebra brasilidades no fechamento do Coala 2025

No dia da Independência brasileira (7/9), o Memorial da América Latina recebeu o fechamento do Coala Festival, encabeçado por ninguém mais, ninguém menos que Caetano Veloso, um dos mais célebres nomes da cultura popular da música sul-americana.

O show de Veloso seguiu a apresentação do rapper BK, guinando completamente a pegada musical oferecida ao público presente no centro cultural arquitetado por Oscar Niemeyer: do rap contemporâneo a clássicos da música popular brasileira.

Com mais de 83 anos, Caetano ofereceu um espetáculo cheio de energia contagiante, que movimentou o público, jovem e maduro, à dança e à emoção. Sua apresentação iniciou com “Branquinha”, canção determinante sobre a trajetória do artista, que foi acompanhada por imagens de sua juventude. Eu sou apenas um velho baiano / Um fulano, um caetano, um mano qualquer / Vou contra a via, canto contra a melodia / Nado contra a maré.

 O baiano subiu ao palco acompanhado de uma banda completa — de trompetes a tambores — vestindo as cores verde e amarela, referência à bandeira brasileira. “Orgulho. Do quê? A gente ainda nem sabe”, definiu o artista.

Seu repertório deu espaço para a plateia sentir. O cantor emocionou ao som de “Sozinho”, um de seus grandes sucessos, e de “Você não me ensinou a te esquecer”, assinada e originalmente gravada por Fernando Mendes.

 Caetano também convidou o público a requebrar junto a ele ao som de “Alegria, Alegria” e de “Divino Maravilhoso”, canção popularizada por Gal Costa e escrita por ele e Gilberto Gil.

 Ainda na dupla Gil e Veloso, o Coala 2025 também teve o prazer de ouvir uma versão do dueto “Desde que o samba é samba”, mas sem a presença de Gilberto. Em seu lugar estava o sambista Pretinho da Serrinha, aclamado e querido por Caetano.

No dia 7 de setembro de 2025, não foram celebrados apenas os 203 anos da Independência do Brasil. Em meio a tensões que reverberam pelo mundo, o Memorial da América Latina foi palco da celebração da música de um dos gigantes do país, com toda a sua história e carga artística — do divertimento à politização — que em diversos momentos motivaram o público ao engajamento.

Para encerrar a mais recente edição do Coala, festival que promove e reverencia a música brasileira, não poderia haver artista melhor do que Caetano.

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