Neste sábado (20), é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013, surgiu com a afirmação de que a busca da felicidade é um dos objetivos fundamentais de cada ser humano.
A iniciativa veio do Butão, um país localizado no extremo leste do Himalaia, que mede a felicidade da população desde a década de 70, da mesma maneira como mede o Produto Interno Bruto da economia. Quando começou, o país decidiu propor a data para lembrar às outras nações que cidadãos felizes são tão importantes quanto cidadãos produtivos.
O FIB, como é chamado o índice da felicidade, é composto por alguns pilares, como educação, valores culturais, resiliência ecológica, saúde, e outros. A junção desses itens pode caracterizar o estado emocional de felicidade, que causa alegria, júbilo e satisfação e está associada a aspectos internos e experiências da vida, segundo a psicóloga Marilene Kehdi.
Para a especialista, o sentimento de felicidade é algo que deve existir dentro de cada um de nós. "Pessoas genuinamente felizes encaram os problemas e desafios da vida com otimismo, mantendo pensamentos positivos. É sobre estar em paz consigo mesmo, com as escolhas e com a vida", conta.
Existem diversos estudos que mostram os benefícios do sentimento. Entre eles, uma pesquisa da Universidade de Harvard, de 2010, mostra que a felicidade vem de três bens: fazer o bem para os outros, fazer coisas em que você é bom e fazer o bem para si mesmo. "Estes estudos científicos comprovam que a felicidade beneficia a saúde física e mental das pessoas", completa. Isso tudo soma ao relacionar com a carreira escolhida por cada um. "Se a pessoa estiver trabalhando naquilo que gosta, ela sentirá alegria e felicidade, terá maior motivação e será mais produtiva".
Além do estudo de Harvard, o consultor e colunista de liderança da revista Forbes, George Bradt, afirmou, recentemente, que poderia definir o "segredo da felicidade" com três atitudes: conseguir fazer o que ama, estar próximo de amigos e conseguir estar saudável psicologicamente, financeiramente ou emocionalmente. O levantamento feito por Bradt, por exemplo, mostrou que 47% das pessoas que se dizem extremamente felizes gostam da sua atual ocupação.
Além disso, 93% destas pessoas dizem se sentir ‘muito felizes’ por terem uma boa saúde. Para a psicóloga, a felicidade diminui, inclusive, os níveis de estresse e ansiedade. "Aumenta a expectativa de vida, torna o indivíduo mais produtivo, fortalece a autoestima e a autoconfiança e, ainda, reduz a chance de desenvolver algumas doenças".
A gratidão também se faz presente cada vez mais nos estudos da ciência, saúde e wellness. Psicólogos da Universidade da Califórnia e da Universidade de Miami pediram para que voluntários, divididos em grupos com diferentes focos, escrevessem eventos marcantes durante sete dias, por um período de dez semanas. O resultado foi que, os que demonstraram gratidão ficaram ainda mais otimistas e felizes, se exercitaram mais e foram menos ao médico com queixas de saúde. "É comprovado que pessoas que têm o hábito de praticar a gratidão são mais felizes", completa.
De acordo com a especialista, em momentos de crise sanitária, como a que estamos vivendo atualmente com a pandemia de Covid-19 por exemplo, é importante cultivar o sentimento de alegria com as ações do cotidiano, trazendo um ‘ponto de equilíbrio'. “Manter pensamentos positivos, ser otimista, fazer algo que goste, praticar o autocuidado, ter empatia e reforçar os laços familiares ajudam a sentir emoções positivas”.