Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo

De acordo com DSM-5 (2013), o Autismo faz parte do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em que estão incluídos outros diagnósticos, como o Distúrbio global do desenvolvimento e a Síndrome de Asperger.

O autismo clássico é um transtorno neuropsiquiátrico em que apresenta como características definidoras da doença, a dificuldade de comunicação, com comprometimento da linguagem e da socialização, assim como a presença de comportamentos restritivos e movimentos repetitivos.

É muito comum que os pacientes com TEA apresentem dificuldade de manter o contato visual por muito tempo, além de tendência ao isolamento, sendo que frequentemente preferem brincar sozinhos, em vez de interagir com outras pessoas. Suas brincadeiras podem ser diferentes do convencional para outras crianças da mesma idade e frequentemente escolhem os mesmos brinquedos.

Podem apresentar tendência à organização dos objetos ou passar algum tempo fazendo movimentos repetitivos, sem aparente sentido. Além disso, apresentam hipersensibilidade aos estímulos, incomodando-se com o excesso de barulho ou com a presença de muitas pessoas. É comum se irritarem com a mudança da rotina e chama a atenção o fato de optarem por comer sempre as mesmas coisas, com um paladar bastante restritivo, frequentemente desaprovando alguns alimentos em função de sua textura. Segundo relatório do CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção), nos Estados Unidos, uma em cada 44 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com Autismo. Estima-se que no Brasil temos mais de 2 milhões de autistas, porém ainda não temos estudos que confirmam a prevalência.

A principal causa da doença é genética, porém existem algumas evidências que fatores ambientais e condições de saúde materna durante a gestação também estejam relacionadas ao aparecimento do autismo.

O tratamento do autismo é multidisciplinar, sendo necessário o acompanhamento com médico, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, entre outros. Medicamentos também podem ser necessários para eventuais ajustes do comportamento, porém as terapias são fundamentais para a melhora da qualidade de vida do paciente. Musicoterapia e equoterapia são algumas das opções.

POR: Dra. Thaís Cano

Médica neurologista.

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