Dia Mundial Sem Tabaco reforça conscientização contra o vício

Definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável do mundo, o tabagismo é um assunto recorrente quando se fala de fator de risco para doenças cardiovasculares, impactando na qualidade de envelhecimento e, até mesmo, aumento das taxas de mortalidade por essas doenças.

O Brasil, por diversas medidas instituídas contra o consumo de tabaco, apresenta ótimos resultados que estão acima do instituído pela OMS.

Segundo dados do Vigitel 2021, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1%, sendo 11,8% entre homens e 6,7% entre mulheres.

Quando o assunto é abandonar o vício, estatisticamente uma pessoa que tenta se livrar da dependência do cigarro tenta, em média, pelo menos duas vezes. Isso acontece pelo grau de dependência química causada pela nicotina, uma das drogas que tem a maior capacidade de causar dependência já no primeiro contato. A nicotina fica ativa em menos de 10 segundos no cérebro, sendo assim, a sensação que ela apresenta é quase que imediata.

Atualmente é impossível falar que não sabemos dos malefícios ocasionados pelo vicio e, com proibições de comerciais estimulando o consumo, bem como as leis restritivas para utilização em locais públicos no Brasil, ajudam a não despertar o desejo que pode favorecer o início do consumo.

Apesar da utilização de todas essas ferramentas, ainda temos números que merecem respeito. Diariamente, sete pessoas morrem decorrente de tabagismo passivo.

Segundo dado preliminar do Vigitel 2020, que acessou por inquérito telefônico a população acima de 18 anos, em 26 capitais brasileiras e Distrito Federal, o percentual de fumantes passivos no domicílio foi de 7,0%, sendo de 8,2% entre as mulheres e 5,7% entre os homens. As medidas adotadas pela OMS mostraram salvar vidas e reduzir custos com despesas de saúde evitáveis.

Entre elas estão:

· Monitorar o consumo de tabaco e politicas de prevenção;

· Combate ao tabagismo passivo;

· Auxilio na interrupção do consumo com acesso aos tratamentos.

· Continua campanha orientando sobre os riscos de consumo;

· Aumento de impostos sobre tabaco;

· Reforçar a proibição da publicidade, propaganda e patrocínio por marcas de cigarro.

São todas medidas impactantes e que acabam apresentando retorno significativo.

O ponto mais importante é reforçarmos os riscos e despertar a consciência de todas as gerações e faixas etárias sobre os problemas causados. Por não estar presente na mídia convencional há tempos, deixamos de fazer o reforço de conscientização e, a longo prazo, a nova geração pode cair no esquecimento dos malefícios causado por essa droga.

Vamos por aqui, mantendo nosso papel informativo, aconselhando todos a se cuidarem para envelhecer bem e com qualidade de vida.

Por Dr. Rizzieri de Moura Gomes, cardiologista, em parceria com o Saúde Minuto

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