Nesta quarta-feira (11), o New York Times divulgou que as gigantes de Hollywood, Disney e Universal, entraram com um processo contra a companhia de inteligência artificial generativa Midjourney, por violações de direitos autorais.
Segundo o NYT, a ação jurídica, que conta com 110 páginas, diz que a empresa de IA “‘se apropriou de inúmeras’ obras protegidas por direitos autorais para treinar seu software, que permite às pessoas criar imagens (e, em breve, vídeos) que ‘claramente incorporam e copiam personagens famosos da Disney e da Universal’.”
“A Midjourney é o exemplo clássico de parasitismo de direitos autorais e um poço sem fundo de plágio”, afirmaram as empresas hollywoodianas no litígio instaurado no Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Los Angeles.
O veículo ainda afirma que essas foram as primeiras grandes empresas de entretenimento a entrar com uma ação judicial contra uma startup de IA.
Em nota, Horacio Gutierrez, diretor jurídico da Disney, escreveu: “Estamos otimistas quanto ao potencial da tecnologia de IA e confiantes de que ela pode ser usada de forma responsável como uma ferramenta para impulsionar a criatividade humana. Mas pirataria é pirataria, e o fato de ser feita por uma empresa de IA não a torna menos uma infração.”
Já Kim Harris, que assume a mesma posição de Gutierrez na Universal, diz que o processo é uma forma de proteção para os artistas do estúdio. “Estamos movendo esta ação hoje para proteger o trabalho árduo de todos os artistas cujas obras nos entretêm e inspiram, além do investimento significativo que fazemos em nosso conteúdo”, escreve.
A Midjourney ainda não se pronunciou sobre o caso.
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