Elis Regina Carvalho Costa, a cantora Elis Regina, que nos deixou há quase 40 anos, completaria hoje 76 anos. Dona de uma das vozes mais brilhantes do mundo da música e aclamada tanto no Brasil quanto internacionalmente, Elis fez a sua primeira apresentação com 11 anos, cantando no Programa do Guri, em uma emissora gaúcha.
A “Pimentinha”, como foi apelidada por Vinícius de Moraes, foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960 e foi nesse mesmo período que conheceu Luís Carlos Miele e Ronaldo Bôscoli, os produtores com quem firmou uma longa parceria.
E o ano de 1965 foi um dos marcos na vida da cantora. Elis consagrou-se como grande revelação do primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, produzido pela antiga TV Excelsior, onde cantou Arrastão. No mesmo ano, juntamente a Jair Rodrigues, passou a apresentar o programa O Fino da Bossa, marcando o início da MPB.
Elis teve parcerias inesquecíveis como Tom Jobim e Rita Lee, além de ter cantado músicas de artistas como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior e Aldir Blanc.
A cantora sempre foi engajada politicamente e participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa na campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O engajamento pode ser notado na música “O Bêbado e o Equilibrista”.
Elis é mãe do produtor musical, João Marcello Bôscoli, do cantor e compositor Pedro Mariano e da cantora e produtora musical, Maria Rita.
A vida da artista, apesar de breve, foi tão marcante que há diversos livros falando sobre sua trajetória, entre eles o lançado em 2015 pelo jornalista Arthur de Faria. Além disso, há o filme lançado em 2016, estrelado por Andreia Horta.
Eleita em 2013 pela Revista Rolling Stone como a melhor voz feminina da música brasileira e citada também na lista dos maiores artistas da música do país, ficando na 14ª posição, sendo a mulher com melhor colocação, Elis ainda é inspiração musical para muitos artistas, recentes ou não, e suas músicas jamais serão esquecidas, tanto pela sua voz inconfundível quanto pela presença de palco tão marcante. Saudades, Elis!