Entenda o que são hepatites virais e como se prevenir

Julho é marcado pelo mês da conscientização das hepatites virais. O conjunto dessa doença, que ataca principalmente o fígado, pode provocar consequências graves na vida do paciente. Há diferentes tipos de hepatite viral: A, B, C, D e E. No começo, todos esses tipos não tendem a apresentar sintomas claros e, com o tempo, surge o cansaço, febre, mal-estar, tontura, pele e olhos amarelados, entre outros. 

Segundo a infectologista da Rede D'or Raquel Muarrek, a hepatite é uma inflamação do fígado causada por agentes infecciosos, virais, bacterianos, parasitas, ou por tóxicos, tipo álcool e antibióticos. "Ela causa icterícia, febre, dor abdominal, leva a náuseas e vômitos. Esses principais sintomas são por um subtipo mais comum, que seria a hepatite A. Mas, a B e C podem causar algum sintoma leve também. Na maioria deles, eles são assintomáticos ou, também, considerada uma hepatite silenciosa", diz. 

Confira abaixo a diferença entre os tipos, segundo a doutora: 

A hepatite B é considerada uma hepatite silenciosa, que pode fazer por transmissão vertical, e por isso a necessidade de testagem em gestantes e adultos. Dela, 20% a 30% pode levar a cirrose ou câncer. No caso das crianças que, quando a mãe não é testada na gravidez, elas nascem com o vírus da hepatite B, podendo levar a fórmulas crônicas. De transmissão sexual, passa também pelo parto e na amamentação, quando a pessoa tem replicação do vírus. Existem defesa e prevenção, que seria a vacinação. 

A hepatite C pode ser aguda ou crônica. 60% a 85% leva a cronicidade e, dentre eles, 20% a cirrose, além de um risco de 1% a 5% de carcinoma hepatocelular. Existe na hepatite C uma taxa de cura com 95% com os antivirais com ação direta. Se trata de 8 a 12 semanas de tratamento, com uma excelente resposta. A hepatite C não se transmite pelo leite materno, mas existe a transmissão entre mãe e filho. 

A hepatite D ou Delta, no Amazonas e no Acre é muito comum, mas ela tem que ser co-infectada pelo vírus B. Sempre que você tem hepatite B, aguda ou presente, é preciso pesquisar por uma hepatite Delta.

A hepatite E é comum, mas não no Brasil. É alto limitada e pode ser grave em gestantes. Precisa ser analisada e é muito semelhante a Hepatite A, por ingestão de alimentos contaminados, principalmente em comida de porco. Muito comum na África e Ásia.

A importância do Julho Amarelo é, segundo Raquel, a conscientização para que as pessoas realizem testagens contínuas. "Houve uma queda de testagem de 40% desde o ano passado. Além de uma redução de tratamento de 50%. Existe teste rápido, sorologia e é ideal para todos façam. Não temos vacinas para hepatite C, mas existe tratamento adequado", conta. 

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