Nesta quinta-feira (26), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estendeu o convite para 534 artistas e executivos que “se destacaram por suas contribuições ao cinema”, para integrar a organização que realiza anualmente a premiação do Oscar – maior honraria do cinema. Dentre os prestigiados, está a brasileira Fernanda Torres, indicada ao Oscar de Melhor Atriz na última edição do Oscar por seu desempenho no longa “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.
Além de Torres, o convite foi feito também para artistas como Gillian Anderson, Mikey Madison, Ariana Grande, Jodie Comer, Margaret Qualley, Brady Corbet e Coralie Fargeat.
Em nota, o CEO e a presidente da Academia, Bill Kramer e Janet Yang, escreveram em nota conjunta: “Estamos entusiasmados em convidar esta estimada turma de artistas, tecnólogos e profissionais para se juntar à Academia. Por meio de seu compromisso com o cinema e com a indústria cinematográfica como um todo, esses indivíduos excepcionalmente talentosos fizeram contribuições inesquecíveis para a nossa comunidade global de cineastas.”
Sobre “Ainda Estou Aqui” e as conquistas de Fernanda Torres
A película é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre, em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente em relação à sua mãe, Eunice Paiva.
A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta da democracia no período da Ditadura Militar brasileira. Isto porque, em 1971, seu marido, Rubens Paiva, foi assassinado por forças militares.
No filme, Fernanda Torres vive a matriarca da família Paiva, e dessa forma traz à luz a sua luta por justiça após a perda do marido, como advogada e mãe de cinco filhos. Analogamente, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, faz aparição como Paiva já na velhice, diagnosticada com Alzheimer.
Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por seu desempenho como Eunice. A atriz também concorre ao Oscar de Melhor Atriz. Ressalta-se também que o filme fez história ao se tornar o primeiro longa brasileiro a ser indicado na categoria de Melhor Filme na premiação.


