Gilberto Gil: 50 anos do álbum que fez história

Gilberto Gil perdeu… Mas a triunfante apresentação de Domingo No Parque no 3º Festival de MPB no palco do teatro Paramount, em São Paulo, teve o sabor de um título. Acompanhado pelos Mutantes, o artista baiano se consolidava naquele 21 de outubro de 1967 como um dos principais nomes da vanguarda de nossa música.

Ponte para o sempre difícil segundo álbum

A épica Domingo no Parque pode ter sido a segunda colocada do festival da Record, mas serviu como ponte para que Gil desse o norte para o seu segundo LP, que contaria com arranjos do mestre Rogério Duprat e apoio instrumental dos Mutantes Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Rita Lee.

"Mais domingos"

Em entrevista concedida à revista InTerValo de 14 de janeiro de 1968, Gil adiantava um pouco sobre o que estaria no LP, lançado quatro meses mais tarde. “A primeira música que fiz (para o novo disco) se chama Domingou, e tem letra de Torquato Neto. Trata-se de um domingo no Rio, mas não tem nada a ver com Domingo no Parque”, revelou.

A chegada da Tropicália

No bate-papo com Laís de Castro, Gil ainda comentou sobre outras faixas que acabariam fora do álbum, como Bem-Vindo, composto com Capinan e Torquato Neto e Panis Et Circencis, que sairia no mês seguinte em Tropicália, do supergrupo formado por Gil, Caetano, Gal Costa, Tom Zé, Nara Leão e os Mutantes. Influenciado pelos Beatles, Gil se preparava agora para uma nova – e forçada aventura: o exílio político em Londres, ao lado do amigo Caetano.

@lphaFM

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