Ginástica cerebral: a malhação do cérebro

Dicas e estudos para manter o corpo saudável e envelhecer com músculos, tendões e ossos fortalecidos estão sempre em alta. Mas será que existem maneiras de fortalecer o cérebro e evitar doenças neurais e degenerativas bastante comuns em idosos?

Ao contrário do que se pensava até pouquíssimo tempo atrás, o cérebro não é estático, ou seja, não permanece da mesma maneira desde a infância até a melhor idade. Ele possui neuroplasticidade — capacidade adaptativa que pode ser trabalhada por meio de exercícios cerebrais, melhorando as sinapses (conexões entre os neurônios que captam informações, armazenam memórias e dão poder de interpretação).

Estudos ainda buscam entender de forma mais profunda o funcionamento da plasticidade neural, como também é chamada a neuroplasticidade, mas já se sabe que é uma competência funcional de um cérebro comum, primordial para desenvolvimento de memória e aprendizado, o armazenamento cognitivo.

Bom, a ginástica cerebral deve começar cedo, logo na infância ou no começo da juventude — período do início do desenvolvimento cognitivo — e não são atividades tão difíceis de aplicar na rotina. Adultos que desejam melhorar o desempenho e longevidade das atividades cerebrais também podem, e devem, tornar-se adeptos da ginástica do cérebro. O indispensável é saber que o processo será um pouco mais lento e que isso é extremamente normal do ponto de vista fisiológico.

Para começar a estimular a comunicação e conexão entre os neurônios, aumentando a capacidade de armazenamento e agilidade do seu cérebro, existem atividades que são eficientes e podem ser companheiras para toda vida. São elas:

– Novas leituras de livros, HQs, mangás, revistas;

– Montar quebra-cabeças;

– Aprender danças;

– Escrever com a mão que você não está habituado;

– Andar de costas pela casa durante um dia;

– Fazer um novo trajeto para voltar para casa;

– Praticar atividades manuais como desenhar, pintar ou tricotar;

– Aprender novos idiomas.

Para que não haja frustração, acarretando em desistência, mantenha um nível de dificuldade médio, nutrindo seu cérebro com constantes estímulos sem prejudicar o desempenho.

Com o tempo, a interação social, criatividade, atenção, noção de espaço e rapidez de raciocínio tendem a melhorar, já que as conexões neurais enfraquecidas também podem ser reestabelecidas.

E aí, que tal começar a exercitar o seu cérebro também?

Ricardo Lemes

Redação Saúde Minuto

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