Infarto Feminino pode ser silencioso e sem os sintomas comuns aos homens

Diferentemente dos sintomas clássicos, o infarto feminino por muitas vezes pode ser silencioso, apresentando cansaço, falta de ar, tontura, dor no estômago ou somente na mandíbula.

Mais letal do que o câncer de mama, levando a óbito oito vezes mais do que a doença, o número de vítimas tem crescido por falta de conhecimento dos sintomas.

Pensando neste cenário, a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, SBHCI, lançou no mês de novembro de 2020 a campanha “Mulheres também infartam”.

Segundo a doutora Viviana Guzzo Lemke, cardiologista intervencionista da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, o objetivo da campanha é chamar a atenção da população e dos profissionais da saúde, levando informações com o intuito de melhorar a qualidade de vida das mulheres.

Ainda segundo a médica, as mulheres com infarto apresentam maior mortalidade hospitalar do que os homens. “As mulheres costumam demorar mais para chegar no hospital, retardando o diagnóstico e o início do correto tratamento, isto tem a ver com a baixa consciência da doença, razões socioculturais e até financeiras.”

Entre as causas do infarto, são comuns tanto para homens quanto para mulheres, em que ocorre por obstrução de uma artéria que não leva oxigênio para o músculo do coração e sobre o ponto de as células morrerem por falta de oxigênio. “Contudo o infarto pode também ocorrer sem ter doença obstrutiva e isto é bem mais comum nas mulheres. Nestes casos o infarto pode ser causado por espasmo, dissecção da artéria coronária e até mesmo por estresse, a famosa doença do coração partido ou doença de Takotsubo e ainda 1 em 8 mulheres tem causa indeterminada do Infarto”, informa Viviana.

Dentro da campanha, há um jingle como forma de motivar as pacientes a se cuidarem, cantado pela médica anestesista e cantora, Rosa Avilla. “A canção é apenas um braço da campanha, E foi feita do meu coração emocional para o coração anatômico e real das mulheres. É claro que por meio dela procuramos alcançar mais e mais mulheres para que reflitam sobre as suas vulnerabilidades, para que reflitam que é preciso voltar o olhar para si e para a sua saúde , e mais especificamente a do coração”.

A doutora conta que assim que recebeu o convite pensou em suas experiências pessoas e queria que ficasse digno para todas as mulheres e que a letra surgiu de forma espontânea e genuína. “Pensei nas mulheres guerreiras que pegam na vassoura e na espada para matar um leão a cada dia. E quem cuida delas?”.

Controlar a hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol alto, obesidade, sedentarismo e manter a alimentação equilibrada são fatores indispensáveis para afastar as possibilidades das doenças do coração.

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