James Blunt retorna à São Paulo ao mesmo tempo que retorna às origens; saiba tudo sobre seu show comemorativo

Na noite desta terça-feira (8), o frio não impediu que paulistanos fossem celebrar os vinte anos do lançamento do álbum “Back to Bedlam” com a nova turnê de James Blunt, que bateu ponto em São Paulo, na casa de shows Terra SP.

Com ingressos esgotados e capacidade para cerca de quatro mil pessoas, a performance proporcionou uma verdadeira viagem no tempo aos fãs, sem deixar de lado as músicas mais recentes da trajetória de Blunt.

O show iniciou-se assim como a abertura do disco lançado em 2005, com a canção “High”, que foi embalada por seu maior hit até então, “You’re Beautiful”, que acumula mais de um bilhão de streams no Spotify. E, claro, a plateia brasileira fez o que faz de melhor: formou um belo coro.

Não demorou muito para Blunt dar continuidade aos hits, trazendo a melancólica “Goodbye My Lover”. A canção, marcada por sua interpretação emotiva e arranjos delicados ao piano, trouxe um clima introspectivo ao show e emocionou o público. Na sequência, Blunt apresentou faixas deep cuts do álbum “Back to Bedlam”, incluídas no repertório como parte da íntegra do disco, celebrado na turnê.

A surpresa agradável para quem não conhecia o jeitão de Blunt no palco foi: por trás das canções calmas e acústicas, há muito carisma. O britânico brincou com a plateia do início ao fim do show, que dedicou às “pessoas que foram forçadas a ouvir as músicas pelos seus pais” e “para os maridos ou namorados que foram arrastados por suas esposas ou namoradas” para assisti-lo. Além de agradecer aos fãs que estiveram com ele desde o início de sua carreira, segundo James, graças a eles, hoje tem “uma casa muito legal em Ibiza”.

Além disso, o artista também se arriscou no português, fez a plateia se abaixar para pular junto e, mais impressionantemente, fez o famoso “stage dive” — ou seja, mergulhou no público.

Para os fãs de música ao vivo, o concerto foi um verdadeiro banquete. Com James Blunt alternando entre piano, violão e ukulele, a banda que o acompanhava — enxuta, formada por guitarra, baixo, teclado e bateria — parecia perfeitamente entrosada. Tocavam com leveza, bom humor e uma sinergia visível, como quem se diverte genuinamente no palco.

O setlist foi bem equilibrado, alternando momentos de pura emoção com faixas introspectivas como “Same Mistake” e “Carry You Home”, e outros mais vibrantes e dançantes, como “OK”. Já nos minutos finais, “1973” levou a plateia ao coro coletivo — prova de que, do começo ao fim, o público estava entregue e engajado.

Como o próprio James disse, um show desses é “a realização de um sonho de criança”. E os que estavam lá provavelmente concordam. Afinal, não é toda terça-feira à noite que se diverte tanto assim.

Confira a setlist completa do show de James Blunt em São Paulo

High
You’re Beautiful
Wisemen
Goodbye My Lover
Tears and Rain
Out of My Mind
So Long, Jimmy
Billy
Cry
No Bravery
I’ll Take Everything
Carry You Home
Postcards
Cuz I Love You
Stay the Night
OK
Same Mistake

(BIS)

Monsters
Bonfire Heart
1973

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