Literatura e São Paulo: autores paulistanos que mudaram a literatura brasileira

São Paulo é uma metrópole pulsante, cheia de vida e diversidade, e não é surpresa que muitos dos maiores escritores do Brasil tenham suas raízes na capital paulista. Assim, estes autores não somente retrataram a cidade e suas contradições, mas também contribuíram significativamente para a evolução da literatura no país. 

Neste aniversário da cidade de São Paulo, que completa 471 anos, celebramos, dessa forma, a literatura paulistana e seu impacto na cultura do país.

Confira, por conseguinte, três grandes autores que deixaram sua marca na história das letras brasileiras!

Mário de Andrade (1893-1945)

Primordialmente, é inegável citar o impacto de Mário de Andrade na literatura brasileira. O autor, nascido em São Paulo em 1893, se consolidou como um dos principais nomes do Modernismo, sendo um dos primeiros a assumir a identidade cultural brasileira ao incorporar elementos da cultura popular do Brasil nas páginas.

“Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar essas linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova. É bem verdade que na boa cidade de São Paulo – a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes – não somos conhecidas por “icamiabas”, voz espúria, sinão que pelo apelativo de Amazonas; e de vós, afirma, cavalgardes ginetes ginetes belígeros da Hélade clássica; e assim sois chamadas.”

Obra: Macunaíma (1928) 

Oswald de Andrade (1890-1954)

Ainda sobre lendas brasileiras, é essencial citar Oswald de Andrade, que, junto com Mário de Andrade, foi basilar para a criação da Semana de Arte Moderna de 1922. Oswald também é considerado um dos mestres da língua portuguesa e um dos principais idealizadores da Antropofagia Cultural e, paralelamente, do Modernismo. Sua obra questionou as influências europeias na literatura brasileira, celebrando identidades nacionais.

“Tupi or not tupi, that is the question”

Obra: Manifesto Antropófago (1928) 

Lygia Fagundes Telles (1918-2022)

Por fim, não tem como deixar de fora Lygia Fagundes Telles, uma das mais importantes vozes do Brasil contemporâneo. Com uma carreira repleta de distinções, Telles é reverenciada por suas narrativas sensíveis e por abordar conflitos humanos, muitas vezes explorando a complexidade das relações sociais e familiares. 

“Quando na realidade o amor é uma coisa tão simples… Veja-o como uma flor que nasce e morre em seguida por que tem que morrer. Nada de querer guardar a flor dentro de um livro, não existe nada mais triste no mundo do que fingir que há vida onde a vida acabou”

Principal obra: Verão no Aquário (1964)

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