Meu ano de descanso e relaxamento (Ottessa Moshfegh), A redoma de vidro (Sylvia Plath) e A amiga genial (Elena Ferrante) são nossas dicas de livros para o final de semana. Confira mais detalhes sobre cada uma das obras abaixo:
Meu ano de descanso e relaxamento – Ottessa Moshfegh
Ano 2000, Nova York, uma cidade cheia de possibilidades. A narradora não tem motivo para queixas: é jovem, bonita, trabalha numa galeria descolada, é dona de um belo apartamento e de uma herança polpuda. Mas traz um enorme vazio no peito. E não apenas pela morte dos pais ou de sua relação destrutiva com a melhor amiga.
Durante um ano, ela passa a maior parte do tempo dormindo, embalada por uma combinação de remédios prescritos por uma psiquiatra inescrupulosa. O que pode estar tão errado? Delicado e carregado de humor ácido, este romance revela uma escritora inventiva e talentosa que nos convence de que a alienação, em tempos confusos como os nossos, pode ser razoável e mesmo necessária.
O livro é da escritora norte-americana Ottessa Moshfegh, dona de grandes best sellers como “Meu nome era Eileen”, que logo será adaptado em um longa-metragem.
A redoma de vidro – Sylvia Plath
Em A Redoma de Vidro, conhecemos Esther Greenwood, uma mulher de futuro promissor. Cursando um estágio de verão em uma renomada revista feminina em Nova York, sua vida parecia deslanchar. No entanto, por trás das aparências, a jovem era atormentada por uma série de incertezas. Do estágio cobiçado até uma clínica psiquiátrica, acompanhamos a trajetória de Esther e como ela lidava com os seus traumas, decepções, angústias, medos e dúvidas.
A obra é repleta de experiências autobiográficas, inspirada nos acontecimentos do verão de 1952, quando Sylvia Plath tentou o suicídio e, logo depois, foi internada para tratamentos mentais. Esse é o único romance da autora que foi publicado semana antes de sua morte. O livro apresenta mais do que um relato sobre uma doença mental: este é também um retrato sobre amadurecimento e força feminina.
A amiga genial – Elena Ferrante
Elena Ferrante se tornou conhecida por escrever sobre questões íntimas com muita clareza, sem se expor para divulgar seus livros. Sua ficção parece apresentar traços autobiográficos, mas não é possível identificar os pontos comuns entre sua vida e sua obra, uma vez que a escritora se recusa a comentar sua intimidade.
A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, A amiga genial, é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela.As duas se unem, competem, brigam, fazem planos. Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor.
Ferrante aborda as mudanças na Itália no pós-guerra e as transformações pelas quais as vidas das mulheres passaram durante a segunda metade do século XX. Sua prosa clara e fluída evoca o sentimento de descoberta que povoa a infância e cria uma tensão que captura o leitor.