Por Claudio Dirani
Em julho deste ano, a Alpha FM prestou homenagem a quatro edificações importantes de nosso Brasil Imperial – época em que o país era a quarta economia do Planeta. Entre elas, a do Museu Nacional, no bairro carioca de São Cristóvão.
Mas hoje, 2 de setembro de 2018, vivemos um dia de luto para nossa cultura. O incêndio que atingiu o antigo Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista, fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818, pode ter consumido dois séculos de uma herança que jamais será resgatada. Apenas pela memória de cada brasileiro.
Acervo histórico
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A antiga residência da família real – e mais tarde, dos imperadores Dom Pedro I, Dom Pedro II e da abolicionista Princesa Isabel – era também sede do Museu Nacional, que abrigava 20 milhões de itens com valor inestimável. Nas chamas, podemos ter perdido itens como o Dinoprata, com seus 30 metros, o maior dinossauro já descoberto em sítios arqueológicos nacionais.
O acervo – distribuído em três andares do prédio – também se destacava por artefatos egípcios, como o sarcófago de Sha Amun em su – uma das 700 peças da coleção, antes a maior da América Latina. O item foi presenteado a Dom Pedro II em 1876, durante visita do imperador ao Egito e ainda não há informações sobre seu estado após o incêndio.
O fim do Museu
Há muitos anos, a estrutura do antigo Palácio Imperial (administrado pela Universidade Federal do RJ) tem sido vítima de goteiras, cupins, e invasão de animais, como morcegos e gambás. Segundo o governo federal, o BNDES assinou um contrato de financiamento de R$ 21,7 milhões para restauração do local. Parte dessa verba deveria ser investida em segurança contra incêndio. Aparentemente, não houve tempo.
@lphaFM