Na última quinta-feira (6), estreou, em cinemas de todo o Brasil, o mais novo longa de Kleber Mendonça Filho, “O Agente Secreto”, protagonizado por Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e a carismática Tânia Maria.
A trama se passa em 1977, que, nos créditos iniciais, é descrito como um “ano cheio de pirraça”. A produção brasileira é um thriller hitchcockiano que acompanha ‘Marcelo’, interpretado por Moura, voltando à sua cidade natal. Seu retorno, no entanto, não é pacífico, ao passo que ‘Marcelo’ percebe estar sendo vigiado e perseguido.
Mendonça, no entanto, faz uma ligação deliberada entre seu mais recente projeto e “Tubarão”, de Steven Spielberg.
“O Agente Secreto tem uma situação muito clara com o ‘Tubarão’, do Steven Spielberg, que é um monumento popular da cultura dos anos 70. É um belíssimo filme que sobrevive até hoje e está de volta aos cinemas agora. E eu venho de uma cidade que tem um problema real com tubarões, então, juntando as duas coisas, dá para explicar por que o ‘Tubarão’ faz parte desse filme”, afirmou o diretor.
No longa brasileiro, ainda mais, a presença do tubarão vai além da citação. Logo no início, uma perna — apelidada de “perna cabeluda” — é encontrada nas entranhas de um tubarão morto, enquanto o filho do protagonista demonstra fascínio em assistir ao “Tubarão”, de Spielberg, no cinema. O animal também pode ser símbolo das ameaças invisíveis que cercam o personagem e o país no período da ditadura militar.
Coincidentemente, em 2025, “Tubarão” completa 50 anos de lançamento.
Assista ao trailer de “O Agente Secreto”
Brasil, 1977. Fugindo de um passado misterioso, Marcelo, um especialista em tecnologia na casa dos quarenta, volta ao Recife em busca de um pouco de paz, mas percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.
