Na noite desta terça-feira (30), o rapper norte-americano Kendrick Lamar apresentou a sua Grand National Tour em São Paulo, no Allianz Parque. Reconhecido como um dos maiores nomes da música contemporânea, o artista reúne 72 milhões de ouvintes mensais no Spotify e ostenta uma trajetória marcada por 22 prêmios Grammy e um inédito Prêmio Pulitzer de Música — conquista que o consolidou como um dos mais influentes da história do rap.
Quer ficar por dentro de tudo o que aconteceu na megaprodução do rapper mais icônico de Compton, Califórnia? A Alpha traz os destaques da sua apresentação histórica no palco da Grand National, no Brasil!
Saiba tudo sobre o show de Kendrick Lamar no Brasil
Responsáveis pelo show de abertura, a dupla argentina Ca7riel e Paco Amoroso ganhou notoriedade após participar do programa musical Tiny Desk e abraça a excentricidade como seu maior diferencial. Subindo ao palco com atraso considerável, os músicos — vestidos com figurinos “infláveis” — se destacaram pela fusão de instrumentos clássicos, como tambores, trompetes, trombones e saxofones, com ritmos de trap e letras que, claramente, não se levam a sério.
O set de abertura de Ca7riel e Paco Amoroso terminou na hora em que o show de Kendrick Lamar deveria ter começado, às 20h30. Por conseguinte, o rapper só subiu ao palco do Allianz Parque às 21h25 — com 55 minutos de atraso em relação ao horário previsto.
O espetáculo de Kendrick era carregado de elementos visuais marcantes e artísticos, desde vídeos ominosos em paletas escuras até momentos divertidos de ousadia. O show, que inclui pequenos interlúdios, alterna entre vídeos de um depoimento (falso) do artista para autoridades e imagens de subúrbios urbanos norte-americanos, acompanhados de cenas que exploram a complexidade de relacionamentos românticos.
Ver essa foto no Instagram
Com um balé contemporâneo formado exclusivamente por pessoas negras, o rapper percorreu sua discografia, mergulhando em hits memoráveis como “HUMBLE.”
Ver essa foto no Instagram
Seu sexto disco, GNX, lançado de surpresa em novembro de 2024, foi o foco principal da apresentação. O destaque claro para o público foi “luther”, colaboração entre Kendrick Lamar e SOUZA, que ficou treze semanas em primeiro lugar na Billboard Hot 100 e acumula atualmente 1,1 bilhão de reproduções no Spotify.
Ver essa foto no Instagram
A turnê Grand National, também, inicialmente, acompanhada pela cantora SZA, esgotou estádios em diferentes partes do mundo, alcançando mais de um milhão de espectadores apenas nos Estados Unidos. No Brasil, embora o entusiasmo não tenha alcançado o mesmo patamar, o público presente ainda foi expressivo. O setor de cadeiras superiores foi fechado e seus ingressos remanejados para áreas inferiores — um upgrade para os felizardos que, por cerca de R$330 a menos, puderam assistir ao show no mesmo local que outros pagaram a mais para ocupar.
A recepção ao nome de Kendrick na América Latina ainda não se equipara à força que ele possui no hemisfério norte — onde o rap é consumido em maior escala —, e fatores como a data escolhida, em plena terça-feira, também podem ter influenciado a adesão do público.
Isso, todavia, não foi empecilho para um público energético, que formou coro e ecoou pelo Allianz Parque na maioria das canções, até nas de menor destaque nas paradas musicais. O rapper afirmou aos espectadores brasileiros: “[O Brasil é] O país mais barulhento do c****** desta turnê”.
Ver essa foto no Instagram
De fato, Kendrick prendeu seu público por completo, que direcionou profanidades divertidas ao rapper Drake após a canção “Not Like Us” — lançada como uma alfinetada a Drake — e que se tornou um marco na música rap, vencendo cinco Grammys em 2025: Melhor Canção, Melhor Gravação, Melhor Canção de Rap, Melhor Performance de Rap e Melhor Clipe Musical.
Ver essa foto no Instagram
O show de Kendrick Lamar em solo paulistano reafirmou a universalidade de um bom rap — não importa a velocidade, a essência se mantém. É inegável que, como seu próprio status já sugere, o público saiu com a sensação de ter presenciado o espetáculo de um verdadeiro GOAT (sigla usada no rap para Greatest of All Time, ou ‘o maior de todos os tempos’, em tradução livre). E, como ele mesmo dispara em seu verso infame na canção Like That, Kendrick Lamar, o Mr. Morale, reivindica sem rodeios: ‘o gigante aqui sou eu.’
Ver essa foto no Instagram
Quais canções foram apresentadas?
-
wacced out murals
-
squabble up
-
N95
-
King Kunta
-
ELEMENT.
-
tv off
-
euphoria
-
hey now
-
Reincarnated
-
HUMBLE.
-
Backseat Freestyle
-
family ties
-
Swimming Pools (Drank)
-
m.A.A.d city
-
Alright
-
man at the garden
-
dodger blue
-
peekaboo
-
Like That
-
DNA.
-
GOOD CREDIT
-
Rich Spirit
-
Count Me Out
-
Money Trees
-
Poetic Justice
-
luther
-
tv off
-
Not Like Us
-
gloria


