O retorno do vinil

Após 32 anos, os discos de vinil retornam à cesta de bens e serviços utilizada para calcular a inflação no Reino Unido. O fato, anunciado pelo Escritório de Estatísticas Nacionais, reflete uma mudança nos hábitos de consumo dos britânicos e revela o impacto da cultura popular na economia.

De acordo com especialistas do meio, a volta do vinil é impulsionada por um renascimento cultural que vem ganhando força nas últimas décadas. Sabe-se que esse movimento é caracterizado por um interesse crescente em formatos físicos de música, nostalgia e valorização da experiência auditiva proporcionada pelos discos. Dessa forma, a popularidade renovada do formato impacta os indicadores econômicos.

Em 2023, as vendas de discos de vinil no Reino Unido atingiram 6,1 milhões de unidades, o maior volume desde 1990. Esse crescimento contribuiu para que as receitas anuais do setor superassem o pico registrado há 35 anos, ultrapassando as vendas de CDs.

Artistas como Taylor Swift desempenham, a saber, um papel crucial nesse renascimento. O álbum “Midnights” de Swift, lançado em 2022, tornou-se o vinil mais vendido do ano no Reino Unido, com 80 mil cópias. Tendo, pois, atingido um marco histórico, “Midnights” consolidou o formato como item de colecionador e meio de audição para o público em geral. Tal sucesso demonstra, certamente, a força da música pop na revitalização do formato.

Cesto de compras nacional

A cesta de inflação do Reino Unido é composta por mais de 700 bens e serviços que refletem os hábitos de compra dos consumidores. A reintrodução dos discos de vinil demonstra a importância de se manter atualizado com as tendências do mercado para garantir a precisão do índice de inflação.

O ONS ajusta a cesta de bens e serviços anualmente para garantir que ela reflita os hábitos de compra dos consumidores. Essa atualização constante é essencial para garantir a precisão das medidas inflacionárias e a efetividade das políticas monetárias.

Em um mundo cada vez mais digital, o renascimento do vinil é um lembrete do poder da nostalgia e da experiência física. A música, em seus diversos formatos, continua a ser uma força cultural poderosa e um importante indicador das mudanças sociais e econômicas.

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