Nesta quinta-feira (28), estreia nos cinemas brasileiros “O Último Azul”, filme nacional assinado pelo pernambucano Gabriel Mascaro e estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarras. A produção foi destaque na 75ª edição do Festival de Berlim, sendo condecorada com o Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri da mostra.
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“O Último Azul fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para encontrar um novo significado na vida”, disse Mascaro ao aceitar sua honraria.
Em uma Amazônia retratada de forma quase distópica, a trama se passa em uma sociedade em que o governo adota medidas severas, determinando que idosos sejam transferidos, obrigatoriamente, para colônias – para que não atrapalhem o desenvolvimento das gerações mais jovens. Nesse ambiente marcado por imposições e incertezas, Tereza (Weinberg) inicia uma jornada íntima, comovente e mística, em busca de realizar seu último desejo.
A narrativa funciona quase como uma fábula, seguindo os passos de Tereza, que foge do sistema na caça pela liberdade, e os personagens-figuras que ela encontra no meio de seu caminho. “O Último Azul”, além de tudo, não aceita rótulos: brinca com a comicidade, mas não é uma comédia; trata de temas densos, mas não é dramático, balanceando um tom equilibrado e intrigante.
O longa de Mascaro é lançado em uma era de ouro para o cinema brasileiro no cenário internacional. Após o êxito de Fernanda Torres no Globo de Ouro e de “Ainda Estou Aqui” no Oscar, com a chegada de “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, com Wagner Moura brilhando no Festival de Cannes, “O Último Azul” reforça a força cênica e cinematográfica do Brasil.
Um roteiro criativo assinado também por Gabriel Mascaro, em colaboração com Tibério Azul, que imagina um mundo distópico, ainda assim sendo fidedigno à realidade brasileira; a fotografia de Guillermo Garza, que foge das normas mainstream, e um conjunto de atores de extrema potência.
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Assista ao trailer de “O Último Azul”
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