Dia do Cantor: os 6 melhores cantores em atividade, segundo a Rolling Stone

Lista foi baseada em seleção feita em 2023, com os 200 maiores cantores de todos os tempos

Em janeiro de 2023, a tradicional revista americana Rolling Stone elencou os 200 melhores cantores da história. À época, o veículo destacou que a seleção não priorizava, necessariamente, “as maiores vozes” – por mais que muitos dos nomes tenham nascido “com vozes poderosas, afinação perfeita e alcance vocal impressionante”.

Dentre os artistas mencionados, figuraram grandes nomes que já nos deixaram. As três primeiras posições, por exemplo, ficaram respectivamente com Aretha Franklin, Whitney Houston e Sam Cooke.

Por outro lado, também foram lembradas vozes que seguem nos palcos e nos estúdios. Abaixo, destacamos um top 6 com os nomes da lista que ainda estão em atividade e trechos da justificativa para cada um deles.

1. Mariah Carey

“Desde Vision of Love (1990), a cantora e compositora equilibra com maestria o soul e o R&B clássicos com o pop moderno — muitas vezes à frente de seu tempo. Seu segredo sempre foi uma doçura vocal que pode soar angelical ou maliciosa, dependendo de como ela utiliza suas múltiplas armas vocais. De sussurros suaves e sensuais a notas graves e poderosas, tudo pode ser usado com o mesmo impacto eletrizante. Ao unir seu talento vocal operático com uma atitude firme e um gosto por glamour e drama, Carey formou gerações de imitadores. Mas nenhum deles superou a verdadeira arquiteta do som do pop moderno.”

*Vale lembrar que a cantora é a atração principal do festival The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, no dia 13 de setembro. Ingressos seguem à venda na Ticketmaster Brasil.

2. Stevie Wonder

“Qualquer que seja o tom que Stevie Wonder busca — do romantismo encantado ao realismo mais cru — sua voz transmite tudo com naturalidade. Poucos cantores conseguem expressar com tanta convicção tanto a ternura sem reservas de músicas como ‘You Are the Sunshine of My Life’ e ‘I Just Called to Say I Love You’, quanto a raiva contida presente em ‘You Haven’t Done Nothin’ ou Living for the City.”

3. Beyoncé

“Na voz de Beyoncé está contida toda a história da música negra. Ela é uma das grandes historiadoras do pop — uma artista tão apaixonada pelos ícones que a influenciaram que encontra, naturalmente, maneiras de homenageá-los em sua música, em suas performances e, claro, em seu canto. Mas nada no que Beyoncé faz é mera imitação. Pelo contrário: ela assimilou as lições de nomes como Prince, Tina Turner, Diana Ross, Michael Jackson, Janet Jackson, Donna Summer, entre outros, e moldou a si mesma como um ícone à altura desses gigantes — tudo isso enquanto permanece no auge da carreira.”

4. Al Green

“A voz de Al Green tem algo de felino — uma flexibilidade suave que aparece em momentos inesperados, o que a torna ainda mais interessante. Poucos cantores passam tanta sensação de estarem completamente envolvidos pela música como ele. Seja em um groove forte de funk de Memphis, como em ‘I’m a Ram’, ou sobrepondo falsetes leves e etéreos, como em ‘Have You Been Making Out OK’, Green transmite emoção com aparente facilidade. Na prática, ele trabalhava duro para alcançar esse efeito. Cantando sobre fé ou desejo, Al Green é, sem dúvida, um dos maiores nomes da soul music.”

5. Bob Dylan

“Para alguns ouvintes, a voz de Bob Dylan — especialmente os tons ofegantes e/ou nasais que ele usava nos primeiros anos — sempre vai soar como uma caricatura. Mas a confiança com que ele assumiu esse estilo fora do padrão e o transformou em algo tão expressivo quanto suas letras inventivas fez dele um dos grandes excêntricos vocais da música americana.”

6. Adele

“Ouça como a voz de Adele amadureceu ao longo dos anos e você perceberá uma mulher literalmente encontrando sua própria voz. Desde os tempos de ‘Chasing Pavements’, no fim dos anos 2000, seu mezzo-soprano já carregava um tom de melancolia. Em ‘Rolling in the Deep’, ela expõe essa dor com intensidade, chegando quase às lágrimas em meio a sentimentos de vingança e arrependimento. Em ‘Someone Like You’, sucesso do álbum ’21’, Adele entrega uma performance digna de palco iluminado por um único foco de luz, com vogais ricas e arredondadas que revelam sua crescente autoconfiança após um término. Seu alcance vocal cresceu nos álbuns mais recentes: em ‘Send My Love (To Your New Lover)’, do ’25’, ela adiciona acidez aos versos com despedidas afiadas, enquanto em ‘All Night Parking’, do ’30’, seu estilo vocal se aproxima da leveza e fluidez do jazz. À medida que sua voz rouca e poderosa explora novas possibilidades, Adele se torna ainda mais impactante.”

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