Nesta quinta-feira (28), chega aos cinemas de todo o Brasil “Os Roses: Até que a Morte os Separe”, remake do clássico de 1989 “A Guerra dos Roses”, que chegou ao Brasil no ano seguinte. O filme, dirigido por Danny DeVito, foi estrelado por ele, Kathleen Turner (Tudo por uma Esmeralda) e Michael Douglas (Instinto Selvagem).
O filme de DeVito foi um sucesso de crítica e bilheteria, com a Rolling Stone escrevendo: “Este épico de vingança com toque ácido é extremamente engraçado e dramaticamente ousado.” A produção arrecadou mais de US$ 160 milhões — valor que, ajustado pela inflação desde 1989, equivale a aproximadamente US$ 410,54 milhões em 2025 — ao redor do mundo.
A nova comédia satírica traz uma versão atualizada, acompanhando a jornada de um casal que, após 18 anos de casamento, entra em um divórcio conturbado e trava uma amarga disputa judicial pela mansão onde viviam.
A dupla, nem sempre tão romântica, ganha vida nas interpretações intensas de Olivia Colman, vencedora do Oscar pelo filme “A Favorita”, e Benedict Cumberbatch, célebre por seu desempenho em “Ataque dos Cães”. Ambos transmitem, com brilhantismo, frustração, raiva, histeria e, sobretudo, paixão em cada cena que compartilham, conduzindo com vigor a narrativa dirigida por Jay Roach.
“The Roses” é uma sátira feroz sobre a batalha de egos entre uma chef de cozinha e um arquiteto, cujo casamento degringola em ódio, mesmo enquanto ambos permanecem incapazes de expressar seus verdadeiros sentimentos. Uma comédia sombria, ideal para quem aprecia um humor que ultrapassa os limites do convencional.
Em entrevista à Vanity Fair, Benedict Cumberbatch comentou: “O filme é uma parábola sobre duas pessoas que se amaram intensamente e depois acabaram se odiando com a mesma intensidade, perdendo o ponto de equilíbrio. Muita coisa ali é assustadoramente familiar: como temos dificuldade em demonstrar amor às pessoas que mais amamos e como tudo pode desandar muito rápido se não cuidarmos com atenção e carinho dos relacionamentos que estão no centro das nossas famílias.”
Colman e Cumberbatch formam uma dupla de sonho, dando vida ao roteiro com um humor afiado e eficaz. O filme, no entanto, apresenta um acabamento sofisticado, próximo ao de uma comédia romântica, estilisticamente criando um contraste curioso com a verdadeira essência da história.


