As indicações ao Oscar já foram reveladas e a curiosidade para assistir aos filmes indicados só aumenta. Assim, seja com longas comoventes, de suspense ou comédia, o Oscar honrou os mais diversos gêneros cinematográficos em 2025. Confira quais deles você pode ir conferir no cinema mais próximo hoje mesmo (01/02).
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Ainda Estou Aqui
“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre, em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente em relação à sua mãe, Eunice Paiva.
A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta da democracia no período da Ditadura Militar brasileira. Isto porque, em 1971, seu marido, Rubens Paiva, foi assassinado por forças militares.
No filme, Fernanda Torres vive a matriarca da família Paiva, e dessa forma traz à luz a sua luta por justiça após a perda do marido, como advogada e mãe de cinco filhos. Analogamente, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, faz aparição como Paiva já na velhice, diagnosticada com Alzheimer.
Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por seu desempenho como Eunice. A atriz também concorre ao Oscar de Melhor Atriz. Ressalta-se também que o filme fez história ao se tornar o primeiro longa brasileiro a ser indicado na categoria de Melhor Filme na premiação.
Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme Estrangeiro.
Conclave
Outrossim, “Conclave” também é uma opção para curtir nas telonas. O projeto vem, desde sua estreia no 51º Festival de Cinema de Telluride, chamando a atenção da crítica especializada, tornando-se, desde então, um dos principais destaques na temporada de premiações e, subsequentemente, tecendo seu favoritismo na disputa pelo Oscar.
Em suma, a película pode ser considerada como uma “ficção histórica” e adentra o conclave seguido da morte do papa vigente. O filme mergulha nas complexidades enfrentadas pela Igreja Católica na atualidade que vão além dos aspectos espirituais. Assim, a trama transforma o Vaticano em um campo de batalha político e ideológico invadido por escândalos, corrupção e, primordialmente, ambição.
Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Ralph Fiennes), Melhor Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini), Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Design de Produção e Melhor Figurino.
Anora
Já “Anora” segue uma stripper uzbeque-americana em solos nova-iorquinos. A vida da jovem muda drasticamente quando ela se casa com um oligarca russo, algo que não agrada à família do rapaz, que fará de tudo pela anulação do casamento.
A comédia oferece uma perspectiva única do estilo de vida de Ani, que vive um sonho ilusório ao adentrar no mundo luxuoso de Ivan, seu noivo. Sean S. Baker, diretor e roteirista de “Anora”, explora formas de cinema nunca vistas por Hollywood, abraçando o caos e a vulnerabilidade de seus personagens.
O crítico de cinema da SlashFilm, Jacob Hall, descreve a experiência cinematográfica de S. Baker como “inebriante”. “Não estou dizendo que todos os filmes precisam ser tão fáceis ao entregar emoções tão grandes envoltas em uma complexidade tão bem pensada. Mas estou dizendo que filmes como esse me lembram por que eu gosto tanto de cinema em primeiro lugar.”, escreve o especialista.
Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz (Mikey Madison), Melhor Diretor (Sean Baker), Melhor Ator Coadjuvante (Yora Borisov), Melhor Roteiro Original e Melhor Edição.
A Verdadeira Dor
“A Verdadeira Dor” vem surpreendendo na temporada de premiações. A comédia dramática, dirigida e roteirizada por Jesse Eisenberg, se destaca entre os demais títulos por meio de sua simplicidade e originalidade. Ainda mais, Kieran Culkin toma espaço na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, tendo vencido o Globo de Ouro no mesmo predicamento.
Em síntese, o longa trata da relação entre os primos David e Benji ao viajarem juntos para a Polônia após a morte de sua avó. No entanto, ao longo do passeio, a dupla se vê submersa em sua história familiar, adentrando uma jornada de autodescoberta e ternura.
Indicações: Melhor Ator Coadjuvante (Kieran Culkin) e Melhor Roteiro Original.
Maria Callas
“Maria Callas” é o mais novo projeto do cineasta chileno Pablo Larraín. Assim como o título da película revela, ele retrata Maria Callas, soprano greco-americana conhecida pela técnica lírica delimitada como bel-canto. Elencada para a interpretação da cantora está Angelina Jolie, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu desempenho em “Garota Interrompida” (1999).
Sobretudo, é importante ressaltar que o filme não é, de forma alguma, uma cinebiografia linear. Em suma, o longa deixa claro sua intenção em seus primeiros minutos: dramatizar os últimos dias da vida de Callas como uma crônica cinematográfica, em tom elegíaco e poético, que penetra o filme visualmente por meio de sua cinematografia primorosa, que foi indicada ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia.
Indicações: Melhor Fotografia.
Trilha Sonora para um Golpe de Estado
Para quem curte um bom documentário, “Trilha Sonora para um Golpe de Estado” é uma boa pedida. O longa mergulha na história do Congo durante a Guerra Fria e, desse modo, exibe os esquemas impostos pelos Estados Unidos para desmantelar as tentativas de redemocratização do país africano.
Analogamente, o filme documental estuda o papel da música jazz neste periodo de caos geopolítico.
Indicações: Melhor Documentário (Longa-metragem).
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