Regina Duarte: ícone da TV brasileira

Por Claudio Dirani

Atualmente na direção da peça A Volta ao Lar – com texto do britânico e Nobel de Literatura, Harold Pinter – Regina Duarte já foi confundida dezenas de vezes com seus próprios personagens, em seus mais de 50 marcantes anos na telinha, cinema e teatro. A atriz, nascida em Franca em 5 de fevereiro de 1947, é um dos ícones da teledramaturgia brasileira – e isso não aconteceu por acaso.

Para marcar suas glórias na TV (incluindo 14 prêmios Troféu Imprensa) com tantos trabalhos memoráveis, a Alpha FM convida você a conferir uma relação eclética (porém, bastante resumida) dessas atuações que entraram para a história da nossa cultura pop.

Minha Doce Namorada

Após estrear na TV Excelsior em 1965, com papel na novela A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro, Regina Duarte conquistaria o público seis anos mais tarde, ganhando o apelido de namoradinha do Brasil em Minha Doce Namorada, trama exibida pela Globo às 19 horas (ainda em preto e branco).

Selva de Pedra

No ano seguinte, outro marco da TV, com atuação marcante de Regina. Já no horário nobre, a novela da lendária Janete Clair colocou a atriz na pele da artista plástica Simone Marques – par romântico do não menos lendário, Francisco Cuoco (como Cristiano Vilhena) ao som da balada Rock and Roll Lullaby, de B.J Thomas.

Malu Mulher

Quem é da época, certamente se recordará da série exibida entre 1979-1980, com o tema Começar de Novo, gravada originalmente por Ivan Lins e interpretada por Simone. Na trama criada por Daniel Filho, Regina Duarte se destacou como a protagonista Maria Lúcia “Mallu” Fonseca, que encara o duro processo de separação do marido, interpretado por Dennis Carvalho. A série recebeu inúmeros prêmios da crítica, incluindo dois APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), em 1980 e 1981.

Roque Santeiro

Em seu primeiro grande papel com veia cômica, Regina Duarte conquistou o público com uma épica atuação como a viúva Porcina da Silva – “a que foi sem nunca ter sido” de Roque Santeiro (José Wilker). Exibida em 1985, a produção assinada por Dias Gomes e Aguinaldo Silva havia sido censurada em duas oportunidades: 1963 e 1975.

Rainha da Sucata

Outra passagem brilhante de Regina Duarte, desta vez como Maria do Carmo Pereira, uma humilde filha de dono de ferro-velho que constrói um império sem perder a humildade. Escrita por Silvio de Abreu, Rainha da Sucata atingiu enorme sucesso em 1990 – inclusive fora do Brasil, com destaque para Angola, Espanha, Argentina e Canadá.

Chiquinha Gonzaga

De volta às minisséries em 1999, Regina Duarte conquistou enorme destaque como protagonista da trama de Lauro César Muniz e Marcílio Moraes. Exibida em 38 capítulos, Chiquinha Gonzaga contou a história verídica da pianista e compositora carioca que ousou desafiar a sociedade entre 1877 e o início do século passado.

 A maior “Helena” de Manoel Carlos

Famoso por batizar suas protagonistas com o nome de sua mãe, o autor Manoel Carlos escalou Regina Duarte três vezes para o papel: História de Amor (1995), Por Amor (1997) e mais recentemente, em Páginas da Vida (2006).

– Regina Duarte já tem volta confirmada às novelas ainda neste ano, em Tempo de Amar.

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