O ANO DE 2017 é cheio de aniversários marcantes. Para um trio do Rio Grande do Sul, nem se fala. Em 1987, os Engenheiros do Hawaii lançaram o seu segundo álbum: A Revolta dos Dândis – LP que tem sido celebrado por seu mentor, Humberto Gessinger, com uma turnê que acaba de passar pelo Tom Brasil com muito sucesso: “Desde aquele dia – 30 anos de A Revolta dos Dândis”.
Fora do eixo
No anterior, o disco de estreia no pop, a banda gaúcha tinha emplacado o single “Toda Forma de Poder” na novela Hipertensão – estratégia que funcionou para chamar atenção fora do sul, até então, a área de total domínio do grupo.
Com a guinada, Humberto Gessinger e Carlos Maltz (Augusto Licks chegou após a gravação das guitarras) se trancaram no estúdio para preparar o sucessor – geralmente, reconhecido como “o sempre difícil segundo álbum”.
Agora, armados com faixas impactantes como “Terra de Gigantes”, “Refrão de Bolero” e “Infinita Highway”, os Engenheiros estavam prontos para deixar de ser uma banda regional de forma definitiva.
Pelas Highways brasileiras
Os shows da Infinita Tour não foram tão longos como indica o nome, mas tiveram a energia suficiente para gerar fama necessária nacional para os Engenheiros.
Humberto Gessinger explica o momento ocorrido há três décadas em entrevista ao jornal O Globo:
“A Revolta dos Dândis foi um disco que teve uma turnê muito curta, espremido entre o que veio antes (Longe Demais das Capitais) e o posterior (Ouça o que eu digo, não ouça ninguém). Como os fãs me pedem muito para tocar lados B dos Engenheiros, achei que um show com o “Revolta” na íntegra seria uma forma de fazer isso com algum norte. Além do mais, depois de 30 anos, dá para voltar com mais tranquilidade”.
Transição
O álbum marcou a transição de membros da banda. Marcelo Pitz deixou os Engenheiros, então o baixo foi assumido por Humberto Gessinger. Com a saída de Pitz, Augusto Licks – o mais novo membro – assumiria a guitarra principal com grande sucesso até 1993 – último ano com a formação clássica dos Engenheiros do Hawaii.
