Por Claudio Dirani
Ilhas Montserrat, Caribe. A estonteante paisagem tropical que rodeava o estúdio construído pelo eterno produtor dos Beatles, George Martin, no arquipélago parecia o cenário ideal de fuga para Sting, recém-separado da atriz irlandesa Frances Tomelty.
Em seu retiro ao lado dos companheiros do The Police, Andy Summers (guitarra) e Stewart Copeland (bateria), o vocalista e baixista do trio inglês daria luz ao seu maior hit: Every Breath You Take – principal faixa do último álbum de estúdio lançado pelo combo em 1983, Synchronicity, composta após Sting despertar no meio da noite com uma ideia na cabeça…
No ritmo do reggae
Composta em 1982, Every Breath You Take foi levada ao AIR Studios Montserrat em seu formato original, com a parte instrumental somente tocada em um órgão Hammond. Antes de ser produzida com o apoio de Hugh Padgham (também famoso por trabalhos com o Genesis e Phil Collins), o The Police ensaiou a música em diversos estilos, um deles, pegando carona no reggae/ska característico do grupo.
No final, a decisão foi deixar Every Breath You Take no formato mais simples possível.
Hino à obsessão
Em 1983 – logo após o lançamento da música – Sting comentou ao jornal inglês New Musical Express sobre a letra que, de forma obsessiva, promete seguir cada suspiro, cada passo…cada movimento da pessoa amada a cada milésimo de segundo:
STING: “A música tem um significado sombrio ou maligno por trás dela. A letra fala sobre ciúmes, possessão e vigilância. Porém, por ter acordes e palavras bem simples, ela soa bastante ambígua. Por um lado, é uma bela canção de amor. Mas debaixo de sua pele vive um personagem repugnante e egoísta”.
Sucesso comercial
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Every Breath You Take tomou de assalto as paradas de todo o mundo, com destaque para três categorias da Billboard americana, onde subiu ao topo do Hot 100. A música também serviu como canto de cisne do The Police, que encerrou suas atividades em estúdio em junho de 1983.
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