Duas décadas após o sucesso de “Sexta-feira Muito Louca” (2003), Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan retornam aos cinemas como a dupla de mãe e filha, Tess e Anna Coleman, para a continuação de um dos filmes que mais marcaram a juventude dos anos 2000.
Apostando, mais uma vez, em uma sequência-legado, a Disney lança “Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda”, com estreia marcada para 7 de agosto de 2025, sob direção de Nisha Ganatra.
No novo longa, Anna balanceia pratos como mãe solteira e empresária musical, enquanto Tess tenta se inserir no universo digital com um podcast próprio. Manny Jacinto interpreta Eric, pai solteiro que conhece e se encanta pela personagem de Lohan na diretoria de uma escola de ensino médio, após suas filhas brigarem em sala de aula. Depois de uma sequência transitória rápida, pronto! Estamos na semana do casamento, após seis meses de relacionamento.
Agora, Anna tem sua própria filha e uma futura enteada que se detestam – interpretadas pelas talentosas jovens atrizes Julia Butters e Sophia Hammons. Diante dos desafios de unir duas famílias diferentes, Tess, Anna e as adolescentes tropeçam no místico inusitado de uma vidente de araque, que as faz trocar de corpo.
“Sexta-feira Mais Louca Ainda” opera na base da nostalgia e distribui fan service. Entre os rostos conhecidos que retornam para a sequência, destacam-se Mark Harmon como Ryan, o pai da família Coleman, e Ryan Malgarini, que volta a interpretar Harry, o irmão e filho caçula de Anna e Tess.
A banda Pink Slip também está de volta – e, sim, elas tocam o clássico “Take Me Away” –, com Christina Vidal retomando o papel de Maddie e Haley Hudson como Peg.
Já o interesse amoroso de Anna no primeiro filme, Jake — vivido por Chad Michael Murray —, retorna para trazer ainda mais confusão à vida da personagem de Lindsay Lohan, agora noiva de outro homem.
Lucille Soong e Rosalind Chao também reprisam seus papéis como Grandma Chiang e Mama P., as proprietárias do restaurante chinês responsável pela troca de corpos no longa de 2003. Por fim, Stephen Tobolowsky retorna como o rígido Sr. Elton Bates, o professor que guarda antigas mágoas de Tess e continua pegando no pé de Anna.
“Sexta-feira Mais Louca Ainda” tem ânimo e procura apenas divertir — sem se prender à lógica ou a uma estrutura narrativa coesa, acabando por abraçar, completamente, todos os clichês do gênero.
“Há tanta coisa acontecendo no mundo agora que é bom fazer algo que permita às pessoas esquecerem o que está se passando”, disse Lohan sobre a produção à BBC.
O que pode gerar certa estranheza aos fãs do original é a forte presença de referências estéticas e narrativas associadas ao universo millennial, que marcam uma diferença em relação ao estilo mais arrojado do longa anterior. Ganatra e a roteirista Jordan Weiss buscam dialogar com o universo Gen-Z, que é, parcialmente, o centro da história, embora os resultados nem sempre sejam os mais harmoniosos.
Quem aprecia o filme de 2003 certamente se divertirá ao ver Jamie Lee Curtis e, especialmente, Lindsay Lohan, após tantos altos e baixos nos holofotes, de volta a papéis que dominam com naturalidade, claramente se divertindo e retomando com carisma os personagens que marcaram uma geração.
“Sexta-feira Mais Louca Ainda” mantém a estrutura narrativa familiar, iniciando e encerrando sua história de maneira fiel ao espírito do original – o que, no entanto, pode ser interpretado como uma escolha consciente: preservar a essência enquanto busca atualizar seu legado para novos tempos.
“Sexta-feira Mais Louca Ainda” está disponível em cinemas de todo o Brasil. Para saber mais sobre programação e ingressos, clique aqui.
