‘A Mulher do Pau Brasil’ foi idealizado como ‘concerto-tese’, ou seja, uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhotto na Universidade de Coimbra, onde esteve nos últimos dois anos entre cursos e apresentações. Após passar por diversas cidades da Europa e do Brasil, com enorme sucesso de público e ótima recepção da crítica especializada (veja trechos abaixo), a turnê segue país afora com shows confirmados em Juiz de Fora/MG (6/10), Maceió (11/10), Natal (12/10), Fortaleza (13/10), Recife (14/10), Uberaba/MG (20/10), Rio de Janeiro (26/10), Campos dos Goytacazes/RJ (27/10), Jaraguá do Sul/SC (9/11) Florianópolis (10/11), Floriano/PI (12/11), Teresina (13/11), Piripiri/PI (14/11), Parnaíba /PI (15/11), Belo Horizonte (22/11) e São Paulo (30/11). Acompanhada por Bem Gil e Bruno di Lullo, Adriana idealizou um roteiro com músicas compostas no período, releituras (a recente ‘As Caravanas’, de Chico Buarque, por exemplo) e também reencontra clássicos de seu repertório, como ‘Inverno’, ‘Vambora’ e ‘Esquadros’.
A inédita canção-título abre o show em tom autobiográfico (‘Nasceu no Sul / Foi para o Rio / E amou como nunca se viu’) e também retoma o nome de um espetáculo do início da carreira de Adriana (‘A Mulher do Pau Brasil’), ainda em Porto Alegre nos anos 80. Foi quando começou a ser instigada pelo ‘Manifesto da Poesia Pau Brasil’, do modernista Oswald de Andrade, e toda a sua influência no movimento tropicalista décadas depois. Tais temas sempre estiveram presentes na obra de Adriana e ressurgiram com intensidade no período português.
Não à toa que ‘Vamos Comer Caetano’, composta para o disco ‘Maritmo’ (1998) foi retomada no repertório e sublinha o conceito antropofágico da apresentação, através da ideia de devorar, se apropriar e reinventar a informação que vem de fora. ‘Costumavam me perguntar se eu já tinha virado portuguesa e eu sempre respondia que não. Nunca me senti tão brasileira como agora’, conta Adriana, que foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra no final de 2015.
Por conta do pigmento vermelho extraído de seu tronco, o Pau Brasil se tornou a primeira riqueza nacional exportada/explorada pelos colonizadores. Além de dar nome ao País, a árvore foi responsável por tingir tecidos e objetos na Europa, onde se tornou extremamente valorizada. Mais de cinco séculos se passaram e Adriana Calcanhotto refez a travessia da madeira em 2016, quando foi nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra e iniciou uma residência artística no local, através de cursos, concertos e seminários.
Nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa pela Universidade de Coimbra em 2015, Adriana Calcanhotto tem desenvolvido um trabalho de divulgação e estudo da literatura portuguesa junto de diversas Universidades Europeias e Brasileiras, dando-se conta que, atualmente, no Brasil é vista como a “Embaixadora da Universidade de Coimbra” e, na Europa, sente-se cada vez mais “A Mulher do Pau-Brasil”.
Inspirada pelo movimento modernista brasileiro dos anos 20, no seu “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, a sua influência sobre o Tropicalismo (toda a informação externa deve ser devorada e reinventada nos seus próprios termos), e com base na aprendizagem, pesquisa e trabalhos desenvolvidos como professora e Embaixadora da Universidade de Coimbra, Adriana Calcanhotto criou este novo espetáculo, no qual reflete sobre todas estas novas experiências através de antigos sucessos, novas canções, novas leituras e reinvenções.
Serviço:
Dia: 31 de Janeiro
Horário: Quinta às 21h00
Local: Theatro NET SP
Endereço: Rua Olimpíadas, 360 – 5° Piso – São Paulo
Ingressos: https://www.ingressorapido.com.br/event/11811/d/51182