No próximo dia 21 começa o verão, conhecido como a época mais quente do ano. A estação é marcada por temperaturas altíssimas e aquele calor típico de país tropical, com direito a fortes chuvas e tempo abafado ao final do dia.
Os dias de sol, por outro lado, carregam alguns perigos ao nosso corpo, como desidratação e exposição excessiva da pele aos raios UVB. Por isso, entre tantos cuidados, é importante sempre carregar uma garrafa de água consigo, com o objetivo de ir repondo a perda de líquido conforme o corpo dá sinais de desidratação. “Os primeiros sintomas da falta de água no organismo são a boca seca, dor de cabeça, cansaço excessivo, fraqueza, olhos fundos, pés e mãos inchados, e em bebês a moleira afundada”, explica a nutricionista do Instituto Castro, Sonia Soares Watanabe.
Em casos mais graves, a desidratação pode aparecer com a queda na pressão arterial, perda da consciência e outros sintomas. O que muitos não sabem é que não basta beber água apenas quando temos sede e em grandes quantidades de uma vez. “Tentar compensar dessa forma pode sobrecarregar o corpo. Por isso, no verão, devemos ingerir pelo menos um copo de água a cada 1 hora e meia. Tem alguns horários em que é fundamental se hidratar, como ao acordar, trinta minutos antes das refeições e durante atividades físicas”, explica.
Uma forma simplificada de descobrir como estão os níveis de água no corpo é observando o estado da urina, que pode variar entre cores “mais claras” e “mais escuras”. Quando está em um tom amarelo escuro, significa que o corpo está com baixa reserva de água. Logo após a característica renal, o cérebro é o segundo a dar sinais. “Em dias quentes, quando não nos hidratamos o suficiente, levantamos rápido e sentimos sensação de fraqueza, tontura e dificuldade de raciocínio. Estes já são sinais de que os níveis de água estão baixando”. Na terceira idade, conta a nutricionista, quando esses sintomas aparecem, pode ser mais sério e que, se não for tratado, leva o indivíduo ao coma.
Como o nosso corpo não possui reserva e nem realiza o armazenamento de água, é essencial que a reposição seja diária, com o objetivo de manter as funções básicas do organismo e saúde. A quantidade, no entanto, é variável e depende de alguns fatores, como a idade e o peso da pessoa. Segundo Sonia, é possível fazer um cálculo com uma média do quanto é a ingestão ideal diária. “É só multiplicarmos o peso do indivíduo por 35 ml de água. Ou seja, um adulto que pesa 70 kg x 35 ml = 2,450ml. Este é o indicado. No caso de idosos, é recomendado 30 ml/kg de peso corporal”.
Para quem não tem o costume de beber água durante o dia ou, até mesmo, se esquece da necessidade devido a correria, a dica da nutricionista é usar a tecnologia como uma grande aliada. Existem diversos aplicativos no mercado que podem ser baixados no celular e acionam lembretes de hora em hora avisando que é preciso se hidratar. “Tenha sempre à mão uma garrafinha com água. Estabeleça metas em beber uma quantidade X de água no dia”, conta.
A Dra. Mayla Carbone, dermatologista do Hospital San Gennaro, explica que, além da necessidade de hidratação via oral, é importante que seja realizada a hidratação da pele. “A pele fica mais ressecada neste período de calor, então, usar um bom hidratante para o corpo também é uma medida eficaz”. O uso de filtro solar é outro fator de peso, já que há uma quantidade maior da radiação tanto UVA quanto UVB no período, causando queimaduras solares, envelhecimento da pele, e doenças como o câncer de pele. “Estamos no dezembro laranja e o câncer de pele é um dos cânceres mais comuns. O que se deve fazer, além de hábitos de vida saudáveis, é aumentar a gestão hídrica, praticar atividades físicas e utilizar filtro solar, que é muito importante e recomendando a sua reaplicação a cada 2 horas”.