O dia 4 de fevereiro é conhecido como o Dia Mundial do Câncer. A iniciativa global foi criada no ano de 2000 pela União Internacional para Controle do Câncer (UICC), com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem como objetivo conscientizar a população, trazer informações relevantes e reduzir os riscos de surgimento da doença.
Em 2021, a data comemora 21 anos e a campanha segue com o slogan Eu sou e eu vou, que finaliza o ciclo de três anos com o mesmo tema. A ideia é juntar esforços para que as pessoas se conscientizem cada vez mais sobre a importância em fazer exames de rastreio, para aumentar as probabilidades de cura.
“Devemos conscientizar a população quanto à realização de exames, como o toque retal, colonoscopia, mamografia, endoscopia, isto é, exames preventivos”, conta o médico cirurgião Marcos Belotto, especializado no aparelho digestivo e em cirurgia robótica para remoção de tumores. Além disso, a ideia do Dia Mundial do Câncer é mostrar que as pessoas devem adotar um modo de vida “preventiva”, com hábitos saudáveis, de modo que seja evitada a exposição aos fatores de risco. “Fugir do excesso de exposição à luz solar, não fumar, comer comidas saudáveis, praticar exercícios físicos… tudo isso, associado a exames e à procura de um médico periodicamente, são os principais fatores de prevenção”, explica.
Neste momento da pandemia de Covid-19, com o início das campanhas de vacinação, muitas dúvidas surgem sobre as indicações a respeito dos imunizantes para este grupo. A mortalidade da Covid-19 entre pacientes oncológicos chega a 7,6%, segundo estudo da revista científica Journal Of The American College of Cardiology, publicado em 2020. Na comparação, entre pessoas que não têm câncer ou demais comorbidades, a taxa de letalidade fica em 1,4%. Devido a isso, a vacinação é uma indicação dos especialistas mas, há exceções: “Pacientes com neutropenia febril grave, ou quem for considerado imunossuprimido, devem conversar com seu médico. Ao contrário, todos os demais devem tomar”.
Além disso, em dezembro de 2020, o Ministério da Saúde listou pacientes oncológicos como grupos prioritários para a vacinação no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. “Isso é muito importante e os pacientes devem ficar tranquilos, pois não tem como a vacina causar alteração e inibir os tratamentos”, conclui.