Como foi a última gravação de Amy Winehouse?

Tony Bennett, que faleceu em 21 de julho de 2023, aos 96 anos, mudou para sempre a cara da música. O artista, que nos deu canções como “I Left My Heart in San Francisco”, veio de uma família de imigrantes italianos. Mas, muitas estrelas judias o inspiraram e colaboraram com ele, desde Irving Berlin, para quem fez a gravação do álbum tributo inteiro, até Billy Joel, com quem se juntou em alguns shows.

No entanto, a colaboração mais famosa e comovente de Bennett com uma estrela judaica tem nome. Foi, sem dúvida, o seu dueto de 2011 com a cantora Amy Winehouse. Sobretudo, esta é a última música gravada da renomada cantora antes da sua morte prematura, como destacado pela Far Out, que está inclusa no seu álbum “Duets II: The Greatest Exitos”.

A última gravação 

Em março de 2011, Bennett voou para Londres para gravar um cover de “Body and Soul” com Winehouse. Ela já estava ausente do estúdio de gravação há algum tempo. Durante um dia inteiro, eles trabalharam nesta versão marcante, encantadora e verdadeiramente única do padrão de jazz de 1930, escrita por Edward Heymann e composta por Johnny Green.

Amy faleceu antes de a música chegar ao público, em julho de 2011, aos 27 anos. O single acabou sendo lançado no que seria seu aniversário de 28 anos. Quando chegou às paradas da Billboard Hot 100, fez de Bennett, de 85 anos, o artista vivo mais velho a aparecer na lista. Por outro lado, ainda rendeu a eles outro prêmio Grammy – Bennett ganhou 20 em sua vida, enquanto Winehouse ganhou seis. Aliás, seu prêmio de Álbum do Ano de 2008, foi concedido pelo próprio Bennett.

Tony Bennett fala sobre Amy Winehouse

Em uma entrevista com Howard Stern, alguns dias após o lançamento do single e três meses após a morte da cantora, Bennett, de coração partido, compartilhou que seu falecimento foi “uma grande perda”. Ele queria que ela estivesse em seu show de 85 anos no London Palladium naquele ano.

“Eu queria que Amy estivesse naquele programa”, confessou ele, cheio de emoção. “Eu queria sentar com ela e dizer que quando eu era mais novo, fiquei lá por um tempo”, referindo-se à época em que ele também teve um problema com drogas na juventude. Na verdade, foi uma história sobre o comediante judeu Lenny Bruce. Ele queria ter contado a ela, afinal o ajudou a largar os problemas. Um dia, Tony conheceu o gerente de talentos Jack Rollins e perguntou o que ele achava de seu ex-cliente, Bruce. “Ele pecou contra seu talento”, afirmou Rollins. Essa simples declaração impressionou Bennett e mudou sua vida para sempre. Ele contou como também queria dizer a Amy uma simples palavra que Sinatra lhe dizia quando ele usava tóxicos: ‘Calma’”.

Bennett pode não ter sido capaz de compartilhar as palavras que o ajudaram em seus problemas com o abuso de substâncias, mas ele mostrou a saudosa estrela muita graça e carinho por meio de suas interações quando ela estava viva, como no vídeo abaixo.

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