Beyoncé surpreendeu o público ao lançar o seu mais recente álbum, “Cowboy Carter”, no último mês de março. Com colaborações de peso e inúmeras referências históricas, o disco mostra um lado um tanto quanto mais “country” da estrela pop.
Na edição física em vinil, compartilhada pelos fãs nas redes sociais nesta semana, a cantora deixou uma dedicatória especial aos ouvintes. Em texto, explicou que tinha como objetivo “quebrar barreiras” com seu novo projeto.
Confira o texto na íntegra:
“Obrigada aos meus fãs incríveis. Deus, te dou toda a graça e glória. Celebro o banjo trazido da África e as mãos e vozes que deram nascimento à primeira música popular dos Estados Unidos. Obrigada a cada compositor, a cada produtor e a cada convidado especial.
Obrigada aos meus amorosos pais. Ao meu marido e aos meus três anjos na Terra. Eu não poderia ter feito isso sem seu apoio, incentivo e paciência. Não consigo imaginar o quanto vocês estavam cansados de me ouvir por todos esses anos.
A toda a minha família de Gadsden, Alabama à New Iberia, Louisiana ao Texas, até a cidade de Nova York.
Para o meu amado tio Butch (Roland Martin Buyincé), você amava música country. Muitos aspectos da sua vida serviram de grande inspiração para esse álbum. Eu posso ver sua auréola. Espero que você esteja lá depois da vida.
Obrigada à minha família Sony e à minha família Parkwood.
O ‘ACT II’ não é mais meu. Agora pertence a quem inspira, a quem cura, a quem desperta curiosidade, a quem irrita.
A todas as lendas que vieram antes de mim e abriram as portas para mim, minha esperança é que esse álbum faça o mesmo para as próximas gerações e continue a abrir mentes, quebrar barreiras e abrir portas que permaneceram fechadas por muito tempo.”
COWBOY CARTER’s dedication!
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— BEYONCÉ TOURS ★ Updates (@tourbeyoncecom) June 26, 2024
Sobre “Cowboy Carter”, de Beyoncé
Aliás, como mencionado, muitas colaborações fazem parte do “Cowboy Carter”. Em suma, Miley Cyrus, Post Malone, Tanner Adell, Dolly Parton, Willie Jones, Willie Nelson e Shaboozey estão entre os envolvidos. Ademais, o projeto também inclui uma releitura do famoso hit dos Beatles, “BlackBird“, parte do álbum homônimo (conhecido como “White Album”) de 1968.
Sobretudo, a escolha pela obra da eterna banda não é à toa: o sucesso traz referências ao movimento que lutou pelo fim da discriminação racial nos Estados Unidos. No entanto, apesar das fortes especulações que limitavam seu novo trabalho a um gênero musical, a cantora descreveu o conjunto como um “álbum de Beyoncé”.
“Esse álbum levou mais de cinco anos para ser produzido. Nasceu de uma experiência que tive anos atrás onde não me senti bem-vinda…e ficou muito claro que não fui. Mas, por conta dessa experiência, mergulhei mais fundo na história da música country e estudei nosso rico arquivo musical. É bom ver como a música pode unir tantas pessoas ao redor do mundo, ao mesmo tempo que amplifica as vozes de algumas das pessoas que dedicaram tanto de suas vidas a educar sobre a nossa história musical”, contou no Instagram.