Samuel Rosa fala sobre o cenário do rock atualmente

Nas últimas décadas, o rock, outrora dominante, tem visto sua popularidade diminuir entre as gerações mais jovens. Afinal, agora elas são mais atraídas por gêneros como pop, hip-hop, rap e música eletrônica. Esse fenômeno é evidente não só nas paradas musicais, mas também nos festivais e rádios, onde o espaço dedicado ao rock tem diminuído consideravelmente. 

Sobretudo, também conseguimos ter esses dados mais evidentes nas plataformas de streaming, que são os principais mediadores do que está em alta no mundo da música. Bandas icônicas, como o Skank, de Samuel Rosa, que marcaram época nos anos 90 e 2000 com sucessos como “Garota Nacional” e “Vou Deixar”, hoje enfrentam o desafio de manter sua relevância em um cenário musical em constante mudança.

A banda, que anunciou uma pausa nas atividades em 2019, é um exemplo de como grupos de rock têm se adaptado. Eles continuaram a fazer shows e lançar compilações, mas reconheciam a dificuldade de competir com novos estilos que capturam o espírito das  gerações atuais. 

Samuel Rosa fala sobre como enxerga o rock atualmente

Em entrevista a GZH, em 2022, Samuel deu seu ponto de vista em relação à situação do rock no Brasil.

“Eu acho que o rock hoje perdeu a preferência no gosto da juventude no mundo todo. Sempre enxerguei o rock como um braço da música pop: em alguns momentos, o pop foi mais rock; em outros, menos. Hoje, o rock tem um espaço menor com a juventude do que tinha em outras décadas”, iniciou o cantor

“Mas não que não venha produzindo bandas boas. Tem, sim, coisas muito interessantes e promissoras. Vejo, por exemplo, em Belo Horizonte, o Lagum, que mistura rock com reggae, tem a Daparte, que é do meu filho (Juliano Alvarenga), tem o Terno-Rei, de São Paulo. Mesmo esses artistas que mesclam rock com música popular brasileira, que foi um pouco o que o Skank fez. Tem coisas muitas promissoras. Só não sei se tem a quantidade de ouvidos que mereciam ter. Ninguém pode cravar nada, tudo na música é muito cíclico, a gente não sabe o que pode vir amanhã. Só espero que o rock possa retomar sua popularidade”, concluiu o eterno membro do Skank.

O astro também contou do processo de evolução de sua antiga banda 

“O Skank foi evoluindo ao longo do tempo para sobreviver. Eu acho que a razão da nossa longevidade, desses 30 anos, foi a mão na massa. A revolução na nossa própria sonoridade, que a gente tentava e nem sempre conseguia, mas em alguns momentos tinha êxito. Se você escuta o ‘Cosmotron’ e depois escuta o ‘Samba Poconé’, que foi feito sete anos antes, parece que são duas bandas diferentes. Skank tem esse lado meio esquizofrênico. São vertentes muito distintas”, explicou Rosa

“Nunca tivemos cerimônia pra meter a mão na massa e mudar o som. A partir do ‘Maquinarama’, isso ficou mais perceptível, com a supressão dos metais. A gente começou a investir mais nas guitarras, nos teclados, nos vocais. Mas se a gente pegar o ‘Sgt. Pepper’s’ e comparar com ‘A Hard Day’s Night’, parece também que são duas bandas distintas. Algumas bandas propõem essa mudança mais radical, outras nem tanto”, finalizou o músico.

Nova Turnê

Finalmente, depois de uma longa espera, Samuel Rosa viaja o Brasil com a nova turnê “Samuel Rosa Tour”. Agora em sua nova fase solo, o cantor promete agitar diversas cidades pelo país com seu novo projeto. Em julho, o cantor teve quatro datas marcadas, incluindo locais como Goiânia, Minas Gerais, Pernambuco e seu último show do mês que acontece neste sábado no Espírito Santo.

Depois de sua performance em Vitória/ES, Samuel subirá ao palco do Espaço Unimed, em São Paulo. O evento está marcado para o dia 2 de agosto, confira os detalhes abaixo!

Samuel Rosa Tour

Sexta, dia 2 de agosto, às 22h

Espaço Unimed – Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda

Ingressos Online – A partir de R$120

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