Sting: do sucesso com o The Police à premiada carreira solo

Relembre a trajetória do premiado cantor, compositor, baixista e ativista

Gordon Matthew Thomas Sumner, mais conhecido pelo nome artístico Sting, é um dos artistas mais prestigiados da história da música. Aos 73 anos, o cantor conquistou o mundo como vocalista, baixista e principal compositor do The Police e, após o término da banda, manteve uma prolífica carreira solo.

Relembre os principais pontos de sua trajetória abaixo:

Início

Nascido em Northumberland, na Inglaterra, Sting aprendeu a cantar e a tocar simultaneamente enquanto ouvia discos em 78 rotações, ou seja, de maneira mais rápida, para conseguir escutar o baixo com clareza. Inicialmente, antes da fama, também subiu ao palco com bandas locais, incluindo Phoenix Jazzman, Last Exit e Newcastle Big Band.

À revista Bassplayer, o músico contou:

“Eu era um guitarrista que trabalhava em clubes. Então, alguém me emprestou um baixo feito em casa e eu me apaixonei por ele, pelas dimensões, pela estética, por tudo. E percebi que eu podia tocar baixo e cantar. Aprendi a tocar as partes de Paul McCartney nas músicas dos Beatles e cantá-las ao mesmo tempo. Eu era um grande fã de R&B, de James Brown, Otis Redding, Motown e baixistas como James Jamerson e Carol Kaye. O mesmo com o reggae, que sempre ouvi porque Londres era o centro do reggae.”

História no The Police

Tudo mudou quando, em 1977, Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland formaram o The Police. Em atividade até 1984, a banda disponibilizou cinco álbuns de estúdio, vendeu mais de 75 milhões de discos e ganhou seis prêmios Grammy.

Entre os trabalhos mais conhecidos, está o final “Synchronicity” (1983). “Every Breath You Take”, “King of Pain” e “Wrapped Around Your Finger” são apenas alguns dos hits presentes no projeto.

Vale destacar que o processo de criação trouxe muita dor de cabeça para os integrantes. Em entrevista à revista Sound On Sound, o produtor Hugh Padgham contou que os membros brigaram muito enquanto faziam o material: “Eles estavam cansados um do outro. Sting e Stewart se odiavam e Andy conseguia ser bastante mal-humorado, havia brigas verbais e físicas no estúdio”.

Apesar de todo clima ruim, o Copeland garantiu que ele e os colegas ficaram muito orgulhosos do resultado final. Não é à toa que “Synchronicity” é considerado pela revista Rolling Stone o 159º melhor álbum da história.

No fim das contas, o grupo retornou por um curto período em 2007, para uma turnê comemorativa. Na opinião de Sting, que mobilizou a volta, todas as bandas que se separaram deveriam se reunir pelo menos uma vez, como pontuou à Music Week:

“Você deve fazer isso pelo menos uma vez e no momento certo. Quando o The Police voltou, era o momento certo para fazer isso. E estou assumindo o crédito por isso, porque essa foi uma decisão minha.”

Carreira solo na música

Em setembro de 1981, Sting fez sua primeira aparição solo ao vivo. Na ocasião, participou do evento The Secret Policeman’s Other Ball, onde apresentou versões solo de “Roxanne ” e “Message in a Bottle “. Depois, em 1982, regravou a canção “Spread a Little Happiness” para a trilha sonora do filme “Brimstone and Treacle” (1982).

A partir daí, o músico não parou mais. Seu primeiro álbum, “The Dream of the Blue Turtles”, saiu em 1985. Desde então, lançou outros catorze discos de estúdio, sendo “The Bridge” (2021) o mais recente. Entre os mais famosos, está “Ten Summoner’s Tales” (1993), que emplacou músicas como “If I Ever Lose My Faith in You” e “Fields of Gold” nas paradas, além de ter vencido duas categorias no Grammy.

Diante de sua relevância na indústria, o músico possui várias honrarias. Em 2002, por exemplo, recebeu no Brit Awards de 2002 o prêmio de “Contribuição Excepcional para a Música”. No mesmo ano, foi introduzido no Hall da Fama dos Compositores. Ainda recebeu uma indicação ao Oscar de “Melhor Canção Original”, com “You Will Be My Ain True Love” do filme “Cold Mountain” (2003).

Outros projetos

Sting também é conhecido por ser um ativista das causas ambientais e indígenas. Inclusive, criou a Fundação Rainforest, conhecida por apoiar projetos em florestas da África e América do Sul. “O Brasil é fascinante, é a fronteira da luta ecológica. O mundo está olhando o Brasil porque o que acontece aí é muito importante”, disse ao g1 em 2009.

Também se aventurou no campo da literatura, lançando a autobiografia “Fora do Tom” em 2004, e nas trilhas sonoras. Inclusive, assinou as canções da animação “A Nova Onda do Imperador” (2000).

Por fim, ainda realizou trabalhos como ator. Entre seus principais papéis, estão aparições em “Quadrophenia” (1979), “Duna” (1984) e “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998).

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