Apollonia entra em briga judicial contra espólio de Prince para ficar com nome artístico

A cantora Apollonia (nome real Patty Kotero), que coestrelou o filme “Purple Rain” (1984), alega que o espólio de Prince, a entidade Paisley Park Enterprises, não está contente com o uso de seu nome artístico.

Para entender, ela ganhou fama ao interpretar a personagem Apollonia no longa citado acima. Desde então, usa o apelido para outros projetos, como lançamentos musicais, créditos de atuação e trabalhos como apresentadora de podcast.

Segundo a cantora, o espólio do saudoso astro está empenhado em adquirir todas as coisas relacionadas a Prince, mesmo sem ter o direito legal de fazê-lo“. Nesta terça-feira(19), Apollonia prestou uma queixa contra a empresa, defendendo: 

Na verdade, o próprio Prince consentiu e encorajou Apollonia em seus empreendimentos profissionais como ‘Apollonia’. Se os princípios fundamentais de justiça – renúncia, aquiescência e negligência – se aplicam, eles se aplicam aqui.

Por outro lado, a Paisley Park Enterprises pontua que ela cedeu os direitos sobre esse nome como parte de seu contrato para o filme Purple Rain na década de 1980.

Agora, Apollonia busca uma “declaração judicial de que ela, e não os herdeiros de Prince, é a proprietária do registro“, conforme antecipado pela revista Billboard.

Espólio de Prince barra produção de documentário sobre o artista pela Netflix

No início de fevereiro, o aguardado documentário de Prince, que seria distribuído pela Netflix, teve o lançamento cancelado pela plataforma. A produção, dirigida pelo diretor ganhador do Oscar, Ezra Edelman, já estava pronta e contava com nove horas de material.

A estreia do longa teria sido proibida pelo espólio do cantor – ou seja, família e representantes –, que não aprovou o projeto. Em julho de 2024, fontes disseram à Variety que os envolvidos acharam certos aspectos do enredo “sensacionalistas”, “dramáticos” e carentes de informações. Outros depoimentos também afirmaram que a visão passada pelo registro não era “suficientemente positiva”.

Ezra Edelman falou sobre a situação no podcast “Pablo Torre Finds Out”, disponível no YouTube. Durante a conversa, o cineasta chamou a decisão de cancelar o filme de “piada”:

“Aqui está a única coisa que eles [os representantes] tinham permissão para fazer: verificar o filme em busca de imprecisões factuais. E adivinhe? Eles voltaram com um documento de 17 páginas cheio de questões editoriais – não de questões factuais. Você acha que eu teria qualquer interesse em lançar um filme que fosse factualmente impreciso?”

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