Beatles foram cautelosos com uso de inteligência artificial, segundo Ringo Starr

Banda utilizou a tecnologia na canção "Now and Then".

Ringo Starr revelou que os Beatles foram cautelosos ao usarem inteligência artificial na música “Now and Then“. Lançada em 2023, a faixa contou com a tecnologia para trazer novamente as presenças de John Lennon e George Harrison.

Entretanto, antes mesmo de “Now and Then”, Ringo e Paul McCartney já haviam pensado em utilizar a inteligência artificial na produção de outra música: “Free As a Bird“. Acabou que a ideia não vingou: “Não nos interessamos muito porque não soava como John, e George ficou um pouco farto“, revelou o baterista à Music Week.

Sobretudo, foi com a ajuda de Peter Jackson que a dupla conseguiu achar um meio-termo e criar o que hoje é tida como a “última música dos Beatles”. Sobre o resultado, Ringo comentou: “Mas o lado bom é a maneira como o usamos em ‘Now And Then’. Deus sabe para onde ele vai.

Vale mencionar, porém, que o músico britânico ainda enxerga receios quanto a tecnologia, dizendo sentir “um pouco de medo” sobre o uso de I.A. “Qualquer um que saiba como usá-lo pode roubar você. Se eles tocarem apenas cinco das minhas músicas no computador, a IA pega tudo e conhece cada movimento vocal meu. Eles podem me fazer cantar qualquer coisa e soará como eu, porque é tirado da minha personalidade“, complementou.

Paul McCartney se emociona ao tocar “Now and Then”

Durante um show recente realizado em dezembro na cidade de Manchester, na Inglaterra, Paul McCartney se emocionou após tocar “Now and Then“.

Macca havia apresentado há poucos meses a canção pela primeira vez durante a turnê “Got Back”. Na ocasião, Uruguai ficou responsável por sediar a estreia do single, que nunca havia sido performado ao vivo desde seu lançamento, em 2023.

Sobre a decisão de incluir o single no repertório da excursão, ele comentou: “É realmente incrível apresentá-la ao vivo. Quando você canta uma música nova, mesmo que seja uma música antiga, como ‘Now and Then’, a primeira reação das pessoas é não ter muita certeza do você está fazendo. Mas, durante a sequência dos shows, elas começam a entender. A notícia se espalha pela internet, sabe? Então, agora a reação é realmente forte e para nós é ótimo tocar porque é uma música muito boa de se tocar, e para mim é especialmente emocionante porque é uma música do John. Isso me emociona muito. Eu adoro. Adoro tocá-la e o público parece adorá-la também.”

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