Há 20 anos, no dia 29 de fevereiro de 2004, a Academia de Hollywood realizava a 76ª edição do Oscar, em Los Angeles, e o Brasil entrava esperançoso com Cidade de Deus (2002). Mas o longa-metragem ultrarrealista sobre a favela no Rio de Janeiro perdeu em todas as categorias que foi indicado.
O filme disputou quatro estatuetas, a maior quantidade dentre todas as produções nacionais que chegaram à premiação internacional. Concorreu em “Melhor Diretor” com Fernando Meirelles, “Melhor Roteiro Adaptado” com Bráulio Mantovani, “Melhor Edição” com Daniel Rezende e “Melhor Fotografia” com Cesar Charlone.
Contudo, ganhar o Oscar naquele ano e alegrar o País era tarefa difícil, já que no páreo estava O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003). O último filme da trilogia dirigida por Peter Jackson faturou, simplesmente, todos os 11 prêmios que competiu.
O blockbuster americano que bateu US$ 1 bilhão em bilheteria superou Cidade de Deus em “Melhor Diretor”, “Melhor Roteiro Adaptado” e “Melhor Edição”. No caso de “Melhor Fotografia”, a estatueta ficou com Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo.
O filme brasileiro já havia sido derrotado em 2003, preterido nas indicações de “Melhor Filme Internacional”. De acordo com os especialistas, o motivo não foi só a preferência pelos europeus. O perfil conservador de parte da crítica teria rejeitado Cidade de Deus, por causa de cenas de sexo e violência explícitas.
Por consequência, a Miramax, distribuidora do filme internacionalmente, segurou o lançamento nos Estados Unidos para 2003, permitindo competir ao Oscar no ano seguinte. O filme chegou às telonas brasileiras em agosto de 2002. Aliás, mais de 3,2 milhões de pessoas o assistiram nos cinemas.
Conheça os outros filmes brasileiros indicados ao Oscar
O Pagador de Promessas (1963) – Melhor Filme Internacional
O Quatrilho (1996) – Melhor Filme Internacional
O Que é Isso, Companheiro? (1998) – Melhor Filme Internacional
Uma História de Futebol (2001) – Melhor Curta-metragem em Live-action
O Menino e o Mundo (2016) – Melhor Filme de Animação
Democracia em Vertigem (2020) – Melhor Documentário