O Dia do Atletismo, um dos esportes mais antigos do mundo, é lembrado nesta quarta-feira (9). Tudo começou na Grécia Antiga por volta de 776 a.C. e perdura até os dias atuais. No Brasil, porém, as primeiras competições vieram apenas no começo do século XX. Pouco mais de 100 anos se passaram para que tivéssemos, por exemplo, a febre das corridas de rua hoje em dia.
O calendário é extenso e movimenta academias, centros de treinamento e grupos de corredores pelo país. São desde provas mais curtas, como a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre (15 km), em São Paulo, até as maratonas (42 km). A São Silvestre, aliás, chegará à 99ª edição em 31 de dezembro deste ano.
Mas o atletismo não se limita às corridas, de rua ou de pista. Tem também os variados saltos (em distância, altura, triplo, com vara) e arremessos/lançamentos (peso, martelo, disco, dardo). Na história olímpica, o conjunto de provas do atletismo rendeu 21 medalhas ao Brasil (5 ouros, 4 pratas e 12 bronzes), atrás só de judô (28) e vôlei (26), somando praia e quadra.
Muito se construiu antes que pudessem vir os ouros de Maurren Maggi no salto em distância em Pequim-2008 ou, mais recentemente, Thiago Braz no salto com vara na Rio-2016. Por isso e em comemoração ao Dia do Atletismo, lembramos cinco figuras emblemáticas do nosso atletismo, sendo quatro atletas e uma paratleta.
Adhemar Ferreira da Silva (1927-2001)
Primeiro bicampeão olímpico do Brasil (ouro no salto triplo em Helsinque-1952 e Melbourne-1956) e único a representar o país no salão da Federação Internacional de Atletismo.
João Carlos de Oliveira, o “João do Pulo” (1954-1999)
Tricampeão mundial (1977, 1979 e 1981) e 2x bronze olímpico (em Montreal-1976 e Moscou-1980) no salto triplo.
Joaquim Cruz
Único campeão olímpico do Brasil em prova de pista (ouro nos 800m em Los Angeles-1984 e prata nos 800m em Seul-1988).
Vanderlei Cordeiro de Lima
Bronze na maratona em Atenas-2004, mesmo depois de ser atacado por um espectador quando estava na liderança da prova; acendeu a pira olímpica na Rio-2016.
Adria Santos, a “Filha do Vento”
Dona de 71 medalhas em competições internacionais, brasileira com mais medalhas em Paraolimpíadas (13: 4 ouros, 8 pratas, 1 bronze), especialista na prova de 100 e 200m rasos. Adria nasceu com uma doença degenerativa nos olhos e ficou completamente cega em 1994.
