Dia Mundial da Arte: cinco grandes escultores do Brasil

O Dia Mundial da Arte, lembrado em 15 de abril, é um dos mais novos do calendário global de comemorações. Criada pela Associação Internacional da Arte em 2012, a data se refere ao aniversário de nascimento de Leonardo Da Vinci (1452-1519). Em 2019, coincidentemente no 5º centenário de morte do italiano, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) abraçou a iniciativa.

Durante a conferência daquele ano, a organização decidiu incluir o dia na própria agenda. A decisão, de acordo com a ONU, reconhece “a contribuição da arte na difusão do conhecimento e a sua importância para fomentar a criatividade, a inovação e a diversidade cultural”.

Ainda conforme o documento original, apoiar o desenvolvimento da arte é um “meio para alcançar um mundo mais desenvolvido, livre e pacífico”. No Brasil, muitos artistas, em diferentes artes e épocas, engrandeceram a cultura nacional com seus trabalhos.

No começo do texto, citamos Da Vinci, que foi pintor, escultor, arquiteto, inventor e tantas outras coisas mais. Assim como as pinturas, as esculturas estão entre as mais antigas manifestações artísticas da humanidade. Listamos aqui cinco artistas brasileiros, todos já falecidos, que se destacaram nessa seara.

Cinco grandes escultores da história brasileira

Aleijadinho (1738-1814): maior artista e arquiteto do período colonial e símbolo do barroco no Brasil. Deixou dezenas de obras, incluindo peças de arte sacra, em Ouro Preto e outras cidades históricas de Minas Gerais. Apesar disso, só foi exaltado muito tempo depois – pelos modernistas.

Passos da Paixão de Cristo, de Aleijadinho

Abelardo da Hora (1924-2014):  participou da criação da Sociedade de Arte Moderna de Recife, ajudando a renovar a cena cultural pernambucana. Tem apreço por temas sociais. É influenciado, por exemplo, pela obra do pintor Candido Portinari, pelo realismo e  expressionismo.

Escultura do pernambucano Abelardo da Hora

Francisco Brennand (1927-2019): aprendeu a modelar com Abelardo da Hora e estudou em Paris, na França. No exterior, teve contato com trabalhos dos espanhóis Pablo Picasso (1881-1973), Joán Miró (1893-1983) e outros. Começou como pintor, mas se descobriu na arte com a cerâmica.

Obras da Oficina Francisco Brennand, no Recife

Lygia Clark (1920-1988): é outra que estudou no território parisiense, iniciando pelas pinturas. Antes, porém, aprendeu com o arquiteto paisagista Burle Marx (1909-1994). Trabalha com instalações e a body art, que pensa a experiência sensorial. Usa de objetos geométricos. Explora ainda a arte terapia.

Escultura de Lygia Clark da série "Bichos"

Victor Brecheret (1894-1955): precursor do modernismo brasileiro nas artes. Cria uma arte nacional, ainda que com influências externas. Em Roma, virou discípulo do escultor Arturo Dazzi (1881-1966) e se aproximou do naturalismo. Também se encantou pela obra do croata Ivan Mestrovic (1883-1962). Destaca-se com figuras monumentais, como o “Monumento às Bandeiras”, em São Paulo.

"Monumento às Bandeiras", de Victor Brecheret, em São Paulo-SP

Veja também – Dia Mundial da Arte: 17 exposições no mês de abril em São Paulo

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