Poucos compositores sabem fazer uma música romântica como Djavan. O cantor alagoano tem o amor como uma das grandes temáticas do seu repertório, e sem sombra de dúvidas, consegue retratar sentimentos universais. Seja aquela ansiedade de um relacionamento prestes a acontecer como “Se”, ou uma emoção profunda que “Oceano” traz com suas águas salgadas.
Este é um dos elementos que levou o artista a angariar uma posição na prateleira da Música Popular Brasileira e a encher casas de shows sempre que anuncia novas datas. Neste sábado (11), Djavan subiu ao palco do Espaço Unimed na primeira das duas apresentações com ingressos esgotados. Em suma, o show é o encerramento da turnê “D”, na qual Djavan divulga o seu novo disco, indicado ao Grammy Latino 2023.
O “esquenta” do show foi proporcionado por uma discotecagem da MPB. Alguns clássicos como “Olhos Coloridos”, de Sandra Sá, “Não Enche”, de Caetano Veloso, e “Meu Guarda Chuva”, de Paula Lima.
A abertura da apresentação já foi impactante, levando em conta que a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, escreveu e gravou a introdução falando sobre a existência e a força da população originária. Aliado à canção “Curumim”, que também fala sobre este universo. Ainda no início do show, Djavan ainda reforça sua mensagem “Este show é para todas as minorias”.
O cantor alagoano falou com o público por suas músicas, deixando para tecer comentários em momentos muitos específicos. Com sua simplicidade, ele agradeceu a empolgação da plateia: “Toda vez que eu venho para São Paulo é como se fosse a primeira vez”. Além disso, ele também interrompeu brevemente o setlist para falar das enchentes no sul do Brasil: “Gostaria de pedir ajuda para o Rio Grande do Sul. Doem, porque o que os gaúchos estão passando não é fácil”.
Djavan no Espaço Unimed e os grandes clássicos
Contudo, engane-se quem achou que ficariam de fora clássicos da carreira do compositor. Ele faz um aceno às suas origens com um mesh up entre “Avião” e “Flor de Lis”, canção que foi sua estreia na indústria fonográfica e que de cara foi um estouro.
Já músicas do álbum “Luz”, de 1982, também tem lugar cativo tanto com o público quanto com o cantor. No entanto, a parceria com Stevie Wonder, apareceu praticamente no final do setlist, aliado a “Sina”.
Com praticamente 2 horas de show, o cantor demonstrou o porquê ainda segue lotando casas de show ao redor do Brasil e produzindo músicas que tocam profundamente. Apesar de encerrar a turnê neste final de semana, ele retorna a São Paulo em breve para o Festival TURÁ.
Ademais, confira o setlist da apresentação de Djavan no Espaço Unimed:
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Curumim
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Boa noite
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Sevilhando
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Eu te devoro
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Outono
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Cigano
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Avião / Flor de lis
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Num mundo de paz
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Meu bem querer
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Oceano
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Um amor puro
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Iluminado
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Azul
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Tenha Calma / Sem Você
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Tanta Saudade
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Se
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Samurai
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Sina
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Pétala
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Lilás
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