Cofundador da banda Supertramp, Rick Davies morreu no último sábado (6), aos 81 anos. A informação foi comunicada pelo grupo nas redes sociais, junto com uma pequena nota sobre a carreira do cantor.
Não há confirmação sobre a causa da morte, mas Davies lutava há mais de 10 anos contra um mieloma múltiplo, tipo de câncer que afeta células da medula óssea chamadas de plasmócitos.
Sobre Rick, sua paixão pela música começou ainda na infância, quando se apaixonou por o “Drummin’ Man”, de Gene Krupa. Então, montou o Supertramp em 1969 ao lado do parceiro Roger Hodgson. A banda lançou diversos hits que alcançaram sucesso global, colocando o nome do grupo no mundo mainstream.
Como forma de celebrar o legado e vida do cantor, relembre três sucessos escritos por Rick Davies.
Goodbye Stranger (1979)
Lançada como parte do álbum “Breakfast in America”, em 1979, “Goodbye Stranger” é uma das composições mais conhecidas de Rick Davies. Escrita com sua marca registrada ao piano Wurlitzer, a canção traz a temática da despedida, mas em tom irônico e bem-humorado.
O single foi lançado nos Estados Unidos em julho daquele ano e, posteriormente, no Reino Unido, alcançando destaque nas paradas norte-americanas, onde chegou ao 15º lugar na Billboard Hot 100.
Bloody Well Right (1974)
Presente no álbum “Crime of the Century”, de 1974, “Bloody Well Right” foi outra composição de Rick Davies que ganhou grande repercussão. Curiosamente, a faixa foi lançada como lado B do single “Dreamer”, mas acabou recebendo mais atenção das rádios norte-americanas do que a própria canção principal. O resultado foi inesperado: enquanto “Dreamer” não emplacou nos Estados Unidos, “Bloody Well Right” alcançou o 35º lugar na Billboard Hot 100.
Sua letra é uma crítica mordaz ao sistema educacional e ao elitismo britânico, abrindo com a famosa frase “So you think your schooling is phoney”, que remete diretamente ao tema da canção “School”, também presente no mesmo álbum.
Ain’t Nobody But Me (1975)
“Ain’t Nobody But Me”, lançada no álbum “Crisis? What Crisis?”, em 1975, é uma das composições mais intensas do saudoso astro. Embora não tenha alcançado grande sucesso comercial, figurando apenas nas paradas canadenses na posição 64, a canção se tornou um dos destaques do disco.
Musicalmente, apresenta um piano explosivo que conduz a melodia, misturado a uma pegada mais bluesy no refrão. A letra chama atenção pelo tom provocativo e quase obsessivo, transmitindo uma energia que alguns críticos interpretaram como até mesmo ameaçadora.


