A 9ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo entrou no 4º dia com mais da metade dos espetáculos com ingressos esgotados. O evento começou na última sexta-feira (1º) e segue até o próximo domingo (10) com apresentações espalhadas por arenas teatrais e espaços culturais de todas as regiões da capital paulista.
Ao todo, a programação conta com peças e performances de companhias nacionais e internacionais, 22 para cada. Além disso, estão sendo promovidos encontros para estimular o pensamento, aulas magnas, ações pedagógicas e oficinas.
Só o Teatro Oficina Uzyna Uzona, do eterno dramaturgo Zé Celso Martinez (1937-2023), terá cinco iniciativas no conhecido endereço da Rua Jaceguai, 520, no Bixiga. A Alpha FM fez um levantamento das apresentações, principalmente exibições de dança, que ainda têm entradas.
Nacionais do MITsp no CCSP
O que mancha – quarta (6), às 19h30, e quinta (7), às 19h, no Centro Cultural São Paulo. Duração: 35 min
Nacionais do MITsp em outros teatros
Preta Rainha – terça (5), às 19h, no Centro Cultural Olido. Duração: 42 min
SINOPSE: O solo autobiográfico da bailarina Wilemara Barros, gira em torno da trajetória de 50 anos dela no universo da dança. Com direção de Fauller, coreógrafo e fundador da Cia. Dita, a apresentação dá, então, continuidade aos diálogos e pensamentos da artista acerca do corpo negro e suas possibilidades na dança.
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EU NÃO SOU SÓ EU EM MIM – terça (5), quarta (6) e quinta (7), às 20h30, no Sesc Pinheiros. Duração: 60 min
SINOPSE: O espetáculo propõe um contraponto anarcocoreográfico sobre o conceito de “povo brasileiro”, presente na obra do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. De acordo com o Grupo Cena 11, dançar é um campo de conhecimento composto pela articulação entre a força da gravidade e os músculos, os ossos e as emoções.
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Internacionais do MITsp
Perros: Diálogos Caninos – terça (5), às 18h, e quarta (6), às 18h, no Parque Augusta. Duração: 120 min. Sem necessidade de ingresso.
SINOPSE: Sem dúvida, o cachorro sempre foi um coconstrutor da comunidade. Desde os primeiros tempos do homo sapiens, o “melhor amigo do homem”. Por conseguinte, o cachorro é um espelho da espécie. Ou apenas um reflexo de uma sociedade multiespécie. A relação entre humanos e cães no contexto urbano é investigada nesta obra criada pela argentina Monina Bonelli e os brasileiros Celso Curi e Renata Melo.
Proféticos (nós já nascemos) – quarta (6), às 21h, quinta (7), às 21h, e sexta (8), às 19h, no Teatro Arthur Azevedo. Duração: 75 min
SINOPSE: Há alguns anos, a coreógrafa Nadia Beugré vem se aproximando da comunidade transgênero de Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim. São pessoas que, designadas como meninos ao nascer, navegam entre os gêneros com grande liberdade, apesar de inseridas numa sociedade muito patriarcal que, na melhor das hipóteses, finge não as ver. Então, as cabeleireiras de dia, que são divas das pistas de dança à noite, vivem expostas e subterrâneas, fluindo entre circuitos paralelos e redes de solidariedade.
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