O Coala Festival 2025 começou nesta sexta-feira (5), no Memorial da América Latina, em São Paulo, destacando nomes da nova – e talentosa – geração da música brasileira. À exceção da banda Cidade Negra, que está prestes a completar 40 anos de estrada, os demais artistas principais, cada um, não contam 40 anos de vida.
Marina Sena está com 28 anos, Liniker tem 30, Tim Bernardes, 34, e Tássia Reis, 36. Todos eles, porém, iniciaram jovens as respectivas carreiras e, agora, desfrutam franca ascensão.
Primeira atração do palco principal, Tássia concentrou a apresentação em músicas do seu álbum mais recente Topo da minha cabeça (2024), uma mistura de samba, rap, soul e R&B. Na parte final do show, ela recebeu um convidado especial: o compositor e instrumentista Kiko Dinucci.
Em seguida, Marina Sena subiu ao palco para o delírio dos fãs, que se amontoavam eufóricos perto da grade. A artista mineira já havia cantado no Coala em 2022. Naquela época, porém, ela só tinha uma discografia solo, De Primeira (2021).
Hoje, são mais duas: Vício Inerente (2023) e Coisas Naturais (2025), que robusteceram o repertório e ajudaram a transformá-la numa popstar.
Praticamente no mesmo horário, o cantor e compositor Tim Bernardes se apresentava no palco Tim dentro do Auditório Simón Bolívar. Era o quinto show dele em três dias no local, como parte do projeto Raro Momento Infinito.
O ex-líder da banda paulistana O Terno estava acompanhado por uma orquestra, composta por cerca de 15 músicos. Bernardes não tocou músicas da antiga banda, mas canções gravadas por ele nos álbuns solo Recomeçar (2017) e Mil Coisas Invisíveis (2022).

Uma pausa na nova geração para valorizar quem chegou primeiro e colaborou, certamente, para o que viesse depois. A banda Cidade Negra, comandada pelo cantor Toni Garrido e o guitarrista Bino Farias, foi a terceira atração do palco principal.
O grupo carioca de reggae, formado em 1986, enfileirou sucessos das quatro décadas de carreira, como Pensamento (1994), Onde Você Mora? (1994), A Estrada (1998) e Girassol (2002), agitando a multidão.
O povo, porém, estava mesmo à espera de Liniker, uma das mais celebradas cantoras brasileiras da atualidade. A artista explodiu, no ano passado, ao lançar o álbum Caju, cuja turnê tem esgotado ingressos por onde passa.
O sucesso do disco era perceptível: letras na ponta da língua dos fãs, que cantavam alto e provocavam eco no Memorial da América Latina. Foi uma catarse, abrilhantada pelos backing vocals de Liniker.
Primeira atração confirmada do Coala 2025, com anúncio feito em novembro de 2024, Liniker cuidou de tudo, inclusive da plateia. Em determinado momento, ela chegou a paralisar o show por uns poucos minutos para que bombeiros civis socorressem pessoas que estavam passando mal.
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