Paraolimpíada: conheças as duas modalidades específicas do programa paraolímpico

O Time Brasil continua firme e forte na missão de terminar a Paraolimpíada de Paris no top-5 do quadro geral de medalhas. A delegação brasileira encerrou a terça-feira (3) na 4ª posição com 48 pódios no total: 14 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Os Jogos Paraolímpicos, iniciados em 28 de agosto, terminam no próximo domingo (8).

Quem está acompanhando a Paraolimpíada percebe que vários esportes são iguais aos da Olimpíada tradicional, enquanto outros têm pequenas adaptações, conforme o tipo de deficiência dos atletas. Inclusive, os graus de comprometimento distinguem categorias de prova. Em outros, porém, essa diferença é minimizada por pontuações especiais.

Mas o assunto desse texto é justamente as modalidades próprias da Paraolimpíada, que são o golbol e a bocha. A seguir, explicamos quais as regras de cada uma.

Golbol ou goallball

Diferentemente de outras modalidades paraolímpicas, o golbol existe só para pessoas com deficiência visual. Por questão de isonomia, os atletas usam uma faixa nos olhos, igualando cegos totais (B1), atletas com percepção de vultos (B2) e atletas que conseguem definir imagens (B3).

A quadra tem 9 metros de largura por 18 metros de comprimento, o mesmo tamanho das de vôlei. Em cada extremidade há um gol, de 9 metros de largura por 1,3 metros de comprimento. Cada equipe tem três jogadores titulares e outros três reservas.

Durante dois tempos de 12 minutos, os objetivos das equipes são fazer e impedir gols. A bola, a qual pesa mais de um quilo, tem um guizo dentro para ser percebida. Por isso, os lançamentos devem ser rasteiros ou tocar áreas obrigatórias, e a torcida do ginásio deve ficar o tempo todo em silêncio. Uma linha média separa os campos de cada time.

Conheça as duas modalidades específicas das Paraolimpíadas

Bocha

A bocha paraolímpica é similar à tradicional, e está neste texto, porque a modalidade não existe no programa olímpico. O jogo consiste em lançar bolas coloridas de modo que fiquem o mais próximas do jack/bolim, a bola branca menor. A modalidade é para pessoas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. Todos competem em cadeiras de rodas.

Neste caso, há diferentes disputas (individuais, em duplas e por equipes) e classes (BC1, BC2, BC3 e BC4) na Paraolimpíada. Em relação ao BC1, ajudantes podem ajustar a cadeira e entregar a bola aos esportistas. No caso de BC2, não existe assistência. Em BC3, para quem tem alto grau de deficiência, existe ajuda humana e material, uma calha para a propulsão de lançamento.

Em BC4, também são jogadores com deficiências severas, mas que não dispõem de ajuda. Os tetraplégicos, sem o movimento dos braços e das pernas, usam apoios na cabeça para movimentar as bolas.

Paraolimpíada: conheças as duas modalidades específicas do programa paraolímpico

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